sábado, 27 de julho de 2024

Primeira Leitura: Jeremias 14:17-22 - 30.07.2024


Jeremias 14:17-22 (Bíblia de Jerusalém)


17. Dirás esta palavra a eles: Meus olhos se desfazem em lágrimas noite e dia, sem parar, porque a grande virgem, filha do meu povo, sofreu uma grande ferida, uma chaga dolorosa demais.

18. Se saio para os campos, eis os mortos pela espada! Se entro na cidade, eis as vítimas da fome! Até os profetas e sacerdotes vagueiam por um país que não conhecem.

19. Acaso rejeitaste completamente Judá? Ou será que tua alma tem nojo de Sião? Por que nos feriste sem cura? Esperávamos a paz, mas não veio o bem; o tempo da cura, mas eis o terror!

20. Reconhecemos, Senhor, a nossa maldade, a iniquidade de nossos pais, porque pecamos contra ti.

21. Não nos desprezes, por amor do teu nome; não humilhes o trono da tua glória. Lembra-te, não quebres tua aliança conosco.

22. Acaso há, entre os ídolos das nações, quem faça chover? Ou será que o céu dá chuvas por si mesmo? Não és tu, Senhor nosso Deus? Em ti esperamos, pois tu fazes todas estas coisas.


Reflexão


Nesta passagem do profeta Jeremias, encontramos uma súplica dolorosa e sincera diante do sofrimento e da desolação que assolam o povo. O clamor do profeta reflete a angústia de uma nação ferida e a busca desesperada por uma resposta divina. As lágrimas contínuas e a visão dos mortos e famintos simbolizam a profunda dor e a crise existencial que atravessam Judá.

O profeta reconhece a iniquidade do povo, admitindo a culpa coletiva e a necessidade de arrependimento. Esta admissão é um passo crucial na jornada de redenção, pois só ao reconhecer nossas falhas podemos abrir o caminho para a cura e a restauração. É um chamado à humildade e à sinceridade, um convite a olharmos para dentro e confrontarmos nossas próprias iniquidades.

A súplica para que Deus não abandone o Seu povo e não quebre a aliança é um lembrete da fidelidade divina. Apesar das falhas humanas, a aliança de Deus permanece firme. Este compromisso divino é a base da nossa esperança e confiança. Em meio ao desespero, somos chamados a recordar as promessas de Deus e a confiar na Sua misericórdia.

Por fim, a reflexão sobre a origem das chuvas aponta para a soberania de Deus sobre toda a criação. Ele é a fonte de toda bênção e sustento. Reconhecer Deus como o único que faz chover simboliza a dependência total do ser humano em relação ao divino. Em nossa busca por sentido e salvação, somos lembrados de que é em Deus que encontramos nossa verdadeira esperança e segurança.

Assim, em meio às lágrimas e ao desespero, somos convidados a olhar para além da dor imediata e a enxergar a mão providencial de Deus guiando e restaurando Seu povo. É uma jornada de fé e confiança, uma caminhada em direção à luz que, mesmo nas noites mais escuras, nunca deixa de brilhar.

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