Lectio Prima: Epistola ad Romanos 6,12-18
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Non ergo regnet peccatum in vestro mortali corpore, ut obediatis concupiscentiis eius.
Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de modo que obedeçais às suas paixões. -
Sed neque exhibeatis membra vestra arma iniquitatis peccato; sed exhibete vos Deo, tamquam ex mortuis viventes, et membra vestra arma iustitiae Deo.
Nem ofereçais os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como quem passou da morte à vida, e os vossos membros, a Ele, como instrumentos de justiça. -
Peccatum enim vobis non dominabitur; non enim sub lege estis, sed sub gratia.
O pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais sob a lei, mas sob a graça. -
Quid ergo? peccabimus, quoniam non sumus sub lege, sed sub gratia? Absit.
Que diremos então? Pecaremos, porque não estamos sob a lei, mas sob a graça? De modo algum. -
Nescitis quoniam cui exhibetis vos servos ad obediendum, servi estis eius cui obeditis, sive peccati ad mortem, sive oboeditionis ad iustitiam?
Não sabeis que, se vos ofereceis como servos a alguém para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis: do pecado, que conduz à morte, ou da obediência, que conduz à justiça? -
Gratias autem Deo quod fuistis servi peccati, oboedistis autem ex corde in eam formam doctrinae in qua traditi estis.
Mas graças a Deus, porque, embora tenhais sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina que vos foi transmitida. -
Liberati autem a peccato, servi facti estis iustitiae.
E, libertos do pecado, tornastes-vos servos da justiça.
Verbum Domini
Reflexão:
A liberdade verdadeira nasce da escolha interior de servir ao bem. O homem liberto não é aquele que faz o que quer, mas o que sabe por que faz. A obediência à justiça não oprime, eleva. Cada ato consciente é uma semente de eternidade plantada no tempo. Quando a alma se entrega à luz, o corpo torna-se instrumento de harmonia, e a vontade, espelho da ordem divina. Assim, a graça não anula a responsabilidade, mas a expande. Ser livre é ser inteiro, guiado pela clareza que reconhece no bem o próprio sentido do existir.
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