sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Primeira Leitura: Ezequiel 24:15-24 - 19.08.2024


Ezequiel 24:15-24


15. A palavra do Senhor foi-me dirigida, dizendo:


16. “Filho do homem, eis que eu te vou tirar o desejo dos teus olhos com um golpe; mas não lamentarás, não chorarás, nem te derramarás em lágrimas.


17. Sela o teu rosto, não te lamenteis, nem choreis; consome-te na tua iniquidade, mas não deixes que as lágrimas corram.


18. Eu falei ao povo pela manhã, e à noite a minha esposa morreu. No dia seguinte, fiz conforme me foi ordenado.


19. Então, o povo disse-me: “Não nos explicas o que significa para nós este ato que estás fazendo?”



20. Eu lhes respondi: “A palavra do Senhor foi-me dirigida, dizendo:


21. Dize à casa de Israel: ‘Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu profano o meu templo, o orgulho da vossa força, o desejo dos vossos olhos e a alegria da vossa alma; os filhos e as filhas que deixastes para trás serão mortos pela espada.


22. E fareis como eu fiz: não vos lamentareis, nem chorareis, nem deixareis que as lágrimas corram.


23. Sela o vosso rosto, não vos lamentareis, nem chorareis; consomei-vos na vossa iniquidade, e vossa iniquidade será vosso peso.


24. E Ezequiel será para vós um sinal; tudo o que ele fez, fareis também; e quando isso acontecer, sabereis que eu sou o Senhor Deus.’”


Reflexão:


O trecho de Ezequiel 24,15-24 revela um aspecto profundo do relacionamento entre o ser humano e o divino durante tempos de crise e perda. A ordem de Deus a Ezequiel para não lamentar a morte de sua esposa e para usar sua própria dor como um sinal para o povo é um ato de desafio e de profunda pedagogia espiritual. Este episódio não é apenas um evento isolado, mas um reflexo da dinâmica espiritual universal, onde o sofrimento e a perda são parte integrante da jornada evolutiva da humanidade em direção à realização divina.

Neste contexto, o sofrimento de Ezequiel e a sua experiência de perda simbolizam a transformação que ocorre quando o ser humano é confrontado com a dor e a privação. A proposta divina de não lamentar a perda, mas de permanecer firme e seguir adiante, é um convite à superação e à transcendência. Não se trata de ignorar a dor, mas de reconhecê-la como um meio através do qual a evolução espiritual e o crescimento interior são alcançados.

Assim como o sofrimento e a perda são integrados ao processo de transformação pessoal, eles também são partes essenciais da evolução cósmica, onde a humanidade está chamada a colaborar com o divino na realização de um propósito maior. A capacidade de enfrentar a perda e o sofrimento com dignidade e fé reflete a profundidade de nossa integração no plano divino e nossa participação no processo cósmico de evolução.

Este texto nos desafia a compreender que, em meio à dor e à adversidade, somos convidados a olhar além do imediato e a ver o processo de transformação que está em curso. O sofrimento, quando aceito e vivenciado com abertura, pode se tornar um meio de crescer em nossa união com o divino, contribuindo para a realização do Reino de Deus.

Portanto, a reflexão sobre este trecho nos leva a reconhecer que a dor e a perda são componentes do processo evolutivo, através do qual somos chamados a participar na realização de um plano maior e mais profundo, onde cada experiência de sofrimento é integrada ao desenvolvimento espiritual e à concretização do propósito divino.

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