quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Primeira Leitura: Êxodo 16:2-4.12-15 - 04.08.2024


Êxodo 16:2-4.12-15 (Bíblia de Jerusalém)


2 E toda a comunidade dos israelitas começou a murmurar contra Moisés e Aarão no deserto.  

3 Disseram-lhes os israelitas: "Quem dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egito, quando nos sentávamos junto às panelas de carne e comíamos pão até fartar-nos! Pois nos trouxestes a este deserto para matar de fome toda esta multidão."  

4 Então o Senhor disse a Moisés: "Vou fazer chover para vós o pão do céu. O povo sairá e recolherá diariamente a porção de cada dia, para que eu o ponha à prova e veja se anda ou não segundo a minha lei."  


12 "Eu ouvi as murmurações dos israelitas. Dize-lhes: 'Ao cair da tarde, comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão. Então sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus.'"  

13 Com efeito, à tarde veio um bando de codornizes e cobriu o acampamento, e pela manhã havia uma camada de orvalho ao redor do acampamento.  

14 Quando a camada de orvalho evaporou, no chão do deserto estava algo fino e granuloso, fino como a geada sobre a terra.  

15 Quando os israelitas viram aquilo, disseram uns aos outros: "Maná?" – pois não sabiam o que era. Disse-lhes Moisés: "Este é o pão que o Senhor vos deu para comer."


Reflexão:


A leitura de hoje nos transporta para um momento crucial na jornada dos israelitas pelo deserto, onde enfrentam a escassez e as dificuldades que testam sua fé e confiança em Deus. A murmuração do povo reflete a fragilidade humana diante da incerteza e da falta. Eles se lembram das panelas de carne no Egito, esquecendo-se da escravidão e das dificuldades que enfrentaram ali.

Deus responde à necessidade do povo com uma promessa de sustento diário, enviando o maná como um sinal de sua providência contínua. Este milagre não é apenas um ato de provisão material, mas uma lição espiritual profunda. O maná representa o sustento divino que é suficiente para cada dia, convidando-nos a confiar em Deus de maneira renovada a cada manhã.

A instrução de recolher apenas a porção necessária para cada dia é um convite à dependência diária de Deus, lembrando-nos que nossa verdadeira segurança não está em acumular recursos, mas em confiar na fidelidade e bondade divinas. Este ritmo diário de provisão também aponta para a necessidade de uma vida espiritual constante e renovada, onde buscamos a presença e a palavra de Deus diariamente.

Em um mundo onde a ansiedade e a busca pelo acúmulo são comuns, este texto nos desafia a viver de maneira contracultural, confiando que Deus nos proverá o necessário e que nossa verdadeira satisfação está em um relacionamento contínuo e dependente com Ele. Ao vivermos assim, reconhecemos que é Deus quem nos sustenta e que, em Sua fidelidade, encontramos a plenitude da vida.

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