9 Um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias com as últimas sete pragas aproximou-se de mim e disse: "Vem, vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro".
10 E ele me levou em espírito a uma grande e elevada montanha, e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus.
11 Ela resplandecia com a glória de Deus, e o seu brilho era como o de uma pedra muito preciosa, como uma pedra de jaspe, clara como cristal.
12 A cidade tinha uma muralha grande e alta, com doze portas, e junto às portas estavam doze anjos. Sobre as portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel.
13 Havia três portas ao oriente, três ao norte, três ao sul e três ao ocidente.
14 A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e sobre eles estavam os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
Reflexão
Neste trecho do Apocalipse, a visão da Jerusalém Celeste nos convida a contemplar a plena realização da criação divina, que se desdobra em etapas de aperfeiçoamento até alcançar sua total transfiguração. A "Cidade Santa", descendo dos céus, representa o ápice da evolução espiritual da humanidade, onde o temporal e o eterno se unem, revelando a harmonia entre o humano e o divino.
Essa visão sugere que a glória de Deus não apenas ilumina a nova criação, mas se manifesta plenamente através dela, integrando todas as suas partes em um único corpo resplandecente. A muralha com doze portas e doze fundamentos reflete a diversidade da humanidade, guiada pela sabedoria ancestral das tribos de Israel e pela nova luz dos apóstolos, como se cada ser e cada cultura, através de sua jornada espiritual, contribuísse para o advento de uma nova ordem cósmica.
Assim, esta imagem nos inspira a ver o processo da criação como algo dinâmico, em constante progresso, onde a plenitude da vida divina é revelada gradualmente, convidando-nos a participar ativamente da construção dessa "nova Jerusalém", onde todas as coisas convergem em Cristo para a glorificação final da unidade do universo.
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