Sábado, 30 de Março de 2013
Vigília Pascal
Leitura do Livro do Gênesis:
1No princípio Deus criou o céu e a terra.
2A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam a face do
abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.
3Deus disse: “Faça-se a luz!” E a luz se fez. 4Deus viu que
a luz era boa e separou a luz das trevas. 5E à luz Deus chamou “dia” e às
trevas, “noite”. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia.
6Deus disse: “Faça-se um firmamento entre as águas,
separando umas das outras”. 7E Deus fez o firmamento, e separou as águas que estavam
embaixo das que estavam em cima do firmamento. E assim se fez. 8Ao firmamento
Deus chamou “céu”. Houve uma tarde e uma manhã: segundo dia.
9Deus disse: “Juntem-se as águas que estão debaixo do céu
num só lugar e apareça o solo enxuto!” E assim se fez. 10Ao solo enxuto Deus
chamou “terra” e ao ajuntamento das águas, “mar”. E Deus viu que era bom.
11Deus disse: “A terra faça brotar vegetação e plantas que
deem semente, e árvores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, que
tenham nele a sua semente sobre a terra”. E assim se fez.
12E a terra produziu vegetação e plantas que trazem semente
segundo a sua espécie, e árvores que dão fruto tendo nele a semente da sua
espécie. E Deus viu que era bom. 13Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia.
14Deus disse: “Façam-se luzeiros no firmamento do céu, para
separar o dia da noite. Que sirvam de sinais para marcar as festas, os dias e
os anos, 15e que resplandeçam no firmamento do céu e iluminem a terra”. E assim
se fez.
16Deus fez os dois grandes luzeiros: o luzeiro maior para
presidir ao dia, e o luzeiro menor para presidir à noite, e as estrelas. 17Deus
colocou-os no firmamento do céu para alumiar a terra, 18para presidir ao dia e
à noite e separar a luz das trevas. E Deus viu que era bom. 19E houve uma tarde
e uma manhã: quarto dia.
20Deus disse: “Fervilhem as águas de seres animados de vida
e voem pássaros sobre a terra, debaixo do firmamento do céu”.
21Deus criou os grandes monstros marinhos e todos os seres
vivos que nadam, em multidão, nas águas, segundo as suas espécies, e todas as
aves, segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom. 22E Deus os abençoou,
dizendo: “Sede fecundos e multiplicai-vos e enchei as águas do mar, e que as
aves se multipliquem sobre a terra”. 23Houve uma tarde e uma manhã: quinto dia.
24Deus disse: “Produza a terra seres vivos segundo as suas
espécies, animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo as suas
espécies”. E assim se fez.
25Deus fez os animais selvagens, segundo as suas espécies,
os animais domésticos, segundo as suas espécies e todos os répteis do solo,
segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom.
26Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo a
nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu,
sobre os animais de toda a terra, e sobre todos os répteis que rastejam sobre a
terra”.
27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o
criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede
fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os
peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem
sobre a terra”.
29E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que
dão semente sobre a terra, e todas as árvores que produzem fruto com sua semente,
para vos servirem de alimento. 30E a todos os animais da terra, e a todas as
aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu
dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez.
31E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era
muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia.
2,1E assim foram concluídos o céu e a terra com todo o seu
exército. 2No sétimo dia, Deus considerou acabada toda a obra que tinha feito;
e no sétimo dia descansou de toda a obra que fizera.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Segunda Leitura (Gn 22,1-18)
Leitura do Livro do Gênesis:
Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse:
Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. 2E Deus disse: “Toma teu filho único,
Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em
holocausto sobre um monte que eu te indicar”.
3Abraão levantou-se bem cedo, selou o jumento, tomou consigo
dois dos seus servos e seu filho Isaac. Depois de ter rachado lenha para o
holocausto, pôs-se a caminho, para o lugar que Deus lhe havia ordenado.
4No terceiro dia, Abraão, levantando os olhos, viu de longe
o lugar. 5Disse, então, aos seus servos: “Esperai aqui com o jumento, enquanto
eu e o menino vamos até lá. Depois de adorarmos a Deus, voltaremos a vós”.
6Abraão tomou a lenha para o holocausto e a pôs às costas do
seu filho Isaac, enquanto ele levava o fogo e a faca. E os dois continuaram
caminhando juntos. 7Isaac disse a Abraão: “Meu pai”.
— “Que queres, meu filho?”, respondeu ele. E o menino disse:
— “Temos o fogo e a lenha, mas onde está a vítima para o
holocausto?” 8Abraão respondeu: “Deus providenciará a vítima para o holocausto,
meu filho”. E os dois continuaram caminhando juntos.
9Chegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um
altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima
do altar. 10Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho.
11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo:
“Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!”. 12E o anjo lhe disse: “Não
estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes
a Deus, pois não me recusaste teu filho único”.
13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num
espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do
seu filho.
14Abraão passou a chamar aquele lugar: “O Senhor providenciará”.
Donde até hoje se diz: “O monte onde o Senhor providenciará”.
15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu,
16e lhe disse: “Juro por mim mesmo — oráculo do Senhor —, uma vez que agiste
deste modo e não me recusaste teu filho único, 17eu te abençoarei e tornarei
tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia
do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos. 18Por tua
descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Terceira Leitura (Êx 14,15—15,1)
Leitura do Livro do Êxodo:
Naqueles dias: 15O Senhor disse a Moisés: “Por que clamas a
mim por socorro? Dize aos filhos de Israel que se ponham em marcha. 16Quanto a
ti, ergue a vara, estende o braço sobre o mar e divide-o, para que os filhos de
Israel caminhem em seco pelo meio do mar. 17De minha parte, endurecerei o
coração dos egípcios, para que sigam atrás deles, e eu seja glorificado às
custas do Faraó, e de todo o seu exército, dos seus carros e cavaleiros. 18E os
egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado às custas do
Faraó, dos seus carros e cavaleiros”.
19Então, o anjo do Senhor, que caminhava à frente do
acampamento dos filhos de Israel, mudou de posição e foi para trás deles; e com
ele, ao mesmo tempo, a coluna de nuvem, que estava na frente, colocou-se atrás,
20inserindo-se entre o acampamento dos egípcios e o acampamento dos filhos de
Israel. Para aqueles a nuvem era tenebrosa, para estes, iluminava a noite.
Assim, durante a noite inteira, uns não puderam aproximar-se dos outros.
21Moisés estendeu a mão sobre o mar, e durante toda a noite
o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste muito forte; e as águas se
dividiram. 22Então, os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto,
enquanto as águas formavam como que uma muralha à direita e à esquerda.
23Os egípcios puseram-se a persegui-los, e todos os cavalos
do Faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar adentro.
24Ora, de madrugada, o Senhor lançou um olhar, desde a
coluna de fogo e da nuvem, sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico.
25Bloqueou as rodas dos seus carros, de modo que só a muito custo podiam
avançar. Disseram, então, os egípcios: “Fujamos de Israel! Pois o Senhor combate
a favor deles, contra nós”.
26O Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o mar, para
que as águas se voltem contra os egípcios, seus carros e cavaleiros”.
27Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o
mar voltou ao seu leito normal, enquanto os egípcios, em fuga, corriam ao
encontro das águas, e o Senhor os mergulhou no meio das ondas.
28As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o
exército do Faraó, que tinha entrado no mar em perseguição a Israel. Não
escapou um só. 29Os filhos de Israel, ao contrário, tinham passado a pé enxuto
pelo meio do mar, cujas águas lhes formavam uma muralha à direita e à esquerda.
30Naquele dia, o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e
Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar, 31e a mão poderosa do Senhor
agir contra eles. O povo temeu o Senhor, e teve fé no Senhor e em Moisés, seu
servo. 15,1Então, Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor este cântico:
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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