Segunda-Feira, 18 de Março de 2013
5ª Semana da Quaresma
Leitura da Profecia de Daniel.
Naqueles dias, 41ca assembleia condenou Susana à morte.
42Susana, porém, chorando, disse em voz alta: “Ó Deus eterno, que conheces as
coisas escondidas e sabes tudo de antemão, antes que aconteça! 43Tu sabes que é
falso o testemunho que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer, quando
nada fiz do que estes maldosamente inventaram a meu respeito!
44O Senhor escutou sua voz. 45Enquanto a levavam para a
execução, Deus suscitou o santo espírito de um adolescente, de nome Daniel. 46E
ele clamou em alta voz: “Sou inocente do sangue desta mulher!”
47Todo povo então voltou-se para ele e perguntou: “Que
palavra é esta, que acabas de dizer?” 48De pé, no meio deles, Daniel respondeu:
“Sois tão insensatos, filhos de Israel? Sem julgamento e sem conhecimento da
causa verdadeira, condenais uma filha de Israel? 49Voltai a repetir o
julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram contra ela!”
50Todo o povo voltou apressadamente, e outros anciãos
disseram ao jovem: “Senta-te no meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus
te deu a honra da velhice”. 51Falou então Daniel: “Mantende os dois separados,
longe um do outro, e eu os julgarei”. 52Tendo sido separados, Daniel chamou um
deles e lhe disse: “Velho encarquilhado no mal! Agora aparecem os pecados que
estavas habituado a praticar. 53Fazias julgamentos injustos, condenando
inocentes e absolvendo culpados, quando o Senhor ordena: ‘Não farás morrer o
inocente e o justo!’ 54Pois bem, se é que viste, dize-me à sombra de que árvore
os viste abraçados?” Ele respondeu: “À sombra de uma aroeira”.
55Daniel replicou: “Mentiste com perfeição, contra a tua
própria cabeça. Por isso o anjo de Deus, tendo recebido já a sentença divina,
vai rachar-te pelo meio!” 56Mandando sair este, ordenou que trouxessem o outro:
“Raça de Canaã, e não de Judá, a beleza fascinou-te e a paixão perverteu o teu
coração. 57Era assim que procedíeis com as filhas de Israel, e elas por medo
sujeitavam-se a vós. Mas uma filha de Judá não se submeteu a essa iniquidade.
58Agora, pois, dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?” Ele
respondeu: “Debaixo de uma azinheira”. 59Daniel retrucou: “Também tu mentiste
com perfeição, contra tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus já está à
espera, com a espada na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!”
60Toda a assistência pôs-se a gritar com força, bendizendo a
Deus, que salva os que nele esperam. 61E voltaram-se contra os dois velhos,
pois Daniel os tinha convencido, por suas próprias palavras, de que eram falsas
testemunhas. E, agindo segundo a lei de Moisés, fizeram com eles aquilo que
haviam tramado perversamente contra o próximo. 62E assim os mataram, enquanto,
naquele dia, era salva uma vida inocente.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
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