terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Primeira Leitura: Gênesis 9:1-13 - 20.02.2025

 


Prima Lectio: Genesis 9,1-13

  1. Benedixitque Deus Noë et filiis ejus. Et dixit ad eos: Crescite, et multiplicamini, et implete terram.
    E Deus abençoou Noé e seus filhos, e disse-lhes: Crescei, multiplicai-vos e enchei a terra.

  2. Et terror vester ac tremor sit super cuncta animalia terrae, et super omnes volucres caeli, cum universis quae moventur super terram: omnes pisces maris manui vestrae traditi sunt.
    E o vosso temor e pavor estarão sobre todos os animais da terra, sobre todas as aves do céu, sobre tudo o que se move sobre a terra e sobre todos os peixes do mar: foram entregues em vossas mãos.

  3. Et omne quod movetur et vivit, erit vobis in cibum: quasi olera virentia tradidi vobis omnia.
    Tudo o que se move e tem vida vos servirá de alimento; como as ervas verdes, assim vos dou tudo.

  4. Excepto quod carnem cum sanguine non comedetis.
    Exceto a carne com sua alma, isto é, com seu sangue, não comereis.

  5. Sanguinem enim animarum vestrarum requiram de manu cunctarum bestiarum: et de manu hominis, de manu viri, et fratris ejus requiram animam hominis.
    Porque o sangue de vossas almas requererei da mão de todos os animais; e da mão do homem, da mão de seu irmão, requererei a alma do homem.

  6. Quicumque effuderit humanum sanguinem, fundetur sanguis illius: ad imaginem quippe Dei factus est homo.
    Quem derramar o sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado, porque Deus fez o homem à sua imagem.

  7. Vos autem crescite et multiplicamini, et ingredimini super terram, et implete eam.
    Mas vós, crescei e multiplicai-vos, entrai na terra e enchei-a.

  8. Haec quoque dixit Deus ad Noë et ad filios ejus cum eo:
    E Deus disse também a Noé e a seus filhos com ele:

  9. Ecce ego statuam pactum meum vobiscum, et cum semine vestro post vos:
    Eis que estabeleço a minha aliança convosco, e com a vossa descendência depois de vós.

  10. Et ad omnem animam viventem, quae est vobiscum, tam in volucribus quam in jumentis et pecudibus terrae cunctis, quae egressa sunt de arca, et universis bestiis terrae.
    E com toda alma vivente que está convosco: as aves, os animais domésticos e todos os animais da terra, todos os que saíram da arca e todas as bestas da terra.

  11. Statuam pactum meum vobiscum, et nequaquam ultra interficietur omnis caro aquis diluvii, neque erit deinceps diluvium dissipans terram.
    Estabeleço a minha aliança convosco: nunca mais será exterminada toda carne pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para destruir a terra.

  12. Dixitque Deus: Hoc signum foederis quod do inter me et vos, et ad omnem animam viventem, quae est vobiscum, in generationes sempiternas:
    E Deus disse: Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e toda alma vivente que está convosco, para todas as gerações futuras.

  13. Arcum meum ponam in nubibus, et erit signum foederis inter me et inter terram.
    Colocarei o meu arco nas nuvens, e ele será um sinal da aliança entre mim e a terra.


Reflexão

O pacto divino com Noé revela um princípio fundamental da existência: a realidade não é um ciclo fechado de destruição e recomeço, mas uma evolução progressiva rumo à plenitude. Deus não apenas preserva a humanidade, mas a convida à colaboração na edificação do mundo, unindo liberdade e responsabilidade. A imagem do arco nas nuvens simboliza a convergência entre o humano e o divino, um caminho de ascensão onde a consciência se expande em sintonia com o Criador. A vida não é um acidente isolado, mas uma jornada em direção a um destino maior, onde cada escolha molda o nosso ser e o cosmos.

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Primeira Leitura: Gênesis 8:6-13.20-22 - 19.02.2025

 

Lectio Prima: Genesis 8,6-13.20-22

6 Cumque transissent quadraginta dies, aperiens Noë fenestram arcæ, quam fecerat,
6 E, tendo passado quarenta dias, Noé abriu a janela da arca que havia feito,

7 dimisit corvum, qui egrediebatur, et non revertebatur, donec siccarentur aquæ super terram.
7 e soltou um corvo, que saía e não voltava, até que as águas secassem sobre a terra.

8 Emisit quoque columbam post eum, ut videret si jam cessassent aquæ super faciem terræ.
8 Depois, soltou também uma pomba, para ver se as águas já haviam diminuído sobre a face da terra.

9 Quæ cum non invenisset ubi requiesceret pes ejus, reversa est ad eum in arcam: aquæ enim erant super universam terram: extenditque manum, et apprehensam intulit in arcam.
9 Mas, não encontrando onde pousar seus pés, voltou para ele na arca, pois as águas ainda cobriam toda a terra. Ele estendeu a mão, segurou-a e trouxe-a de volta para dentro da arca.

10 Expectatis autem ultra septem diebus aliis, rursum dimisit columbam ex arca.
10 Esperando ainda outros sete dias, soltou novamente a pomba da arca.

11 At illa venit ad eum ad vesperam, portans ramum olivæ virentibus foliis in ore suo: intellexit ergo Noë quod cessassent aquæ super terram.
11 E ela voltou para ele à tarde, trazendo no bico um ramo de oliveira com folhas verdes. Então Noé compreendeu que as águas haviam cessado sobre a terra.

12 Expectavitque nihilominus septem alios dies: et emisit columbam, quæ non est reversa ultra ad eum.
12 E esperou ainda outros sete dias, e soltou a pomba, que não voltou mais para ele.

13 Igitur sexcentesimo primo anno, primo mense, prima die mensis, imminutæ sunt aquæ super terram: et aperiens Noë tectum arcæ, aspexit, viditque quod exsiccata esset superficies terræ.
13 No ano seiscentos e um, no primeiro mês, no primeiro dia do mês, as águas haviam diminuído sobre a terra. Noé abriu o teto da arca, olhou e viu que a superfície da terra estava seca.

20 Ædificavit autem Noë altare Domino: et tollens de cunctis pecoribus et volatilibus mundis, obtulit holocausta super altare.
20 Então Noé construiu um altar para o Senhor e, tomando animais e aves puras, ofereceu holocaustos sobre o altar.

21 Odoratusque est Dominus odorem suavitatis, et ait: Nequaquam ultra maledicam terræ propter homines: sensus enim et cogitatio humani cordis in malum prona sunt ab adolescentia sua: non igitur ultra percutiam omnem animam viventem, sicut feci.
21 O Senhor sentiu o suave aroma e disse: "Nunca mais amaldiçoarei a terra por causa dos homens, pois a inclinação do coração humano é para o mal desde a juventude; e nunca mais destruirei todos os seres vivos, como fiz."

22 Cunctis diebus terræ, sementis et messis, frigus et æstus, æstas et hiems, nox et dies non requiescent.
22 Enquanto durar a terra, a semeadura e a colheita, o frio e o calor, o verão e o inverno, o dia e a noite nunca cessarão.


Reflexão

Após o dilúvio, a terra emerge renovada, e Noé se torna testemunha de uma nova ordem que se estabelece. Esse relato nos ensina que a história não se define apenas por ciclos de destruição, mas por uma constante recriação, onde a vida encontra novos caminhos para florescer. A pomba que retorna com um ramo de oliveira simboliza o primeiro vislumbre de um mundo restaurado, um anúncio de que a aridez não é permanente.

Noé não apenas recebe a dádiva de um novo começo, mas responde com gratidão ao construir um altar e oferecer a Deus o fruto de sua jornada. Esse gesto nos recorda que a verdadeira renovação não está apenas na transformação do mundo exterior, mas no despertar interior do ser humano para o reconhecimento da graça divina. A promessa de Deus de não mais destruir a terra reafirma que a criação está destinada à plenitude, e que, apesar da fragilidade humana, há um princípio sustentador que conduz tudo a um horizonte de sentido e realização.

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domingo, 16 de fevereiro de 2025

Primeira Leitura: Gênesis 6:5-8; 7:1-5.10 - 18.02.2025

 


Lectio Prima: Genesis 6,5-8; 7,1-5.10

6,5."Videns autem Dominus quod multa malitia hominum esset in terra, et cuncta cogitatio cordis eorum intenta esset ad malum omni tempore,"
"O Senhor viu que a maldade dos homens se multiplicava sobre a terra e que toda inclinação dos pensamentos de seu coração era continuamente voltada para o mal."

6."poenituit eum quod hominem fecisset in terra. Et tactus dolore cordis intrinsecus,"
"Então o Senhor se arrependeu de ter feito o homem sobre a terra e sentiu tristeza no coração."

7."delebo, inquit, hominem, quem creavi, a facie terrae, ab homine usque ad pecus, a reptili usque ad volucres caeli: poenitet enim me fecisse eos."
"E disse: Apagarei da face da terra o homem que criei, desde o homem até os animais, os répteis e as aves do céu, pois me arrependo de tê-los feito."

8."Noë vero invenit gratiam coram Domino."
"Mas Noé encontrou graça aos olhos do Senhor."

7,1."Dixitque Dominus ad eum: Ingredere tu et omnis domus tua in arcam: te enim vidi justum coram me in generatione ista."
"E o Senhor disse a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque te vi justo diante de mim nesta geração."

2."Ex omnibus animantibus mundis tolle septena et septena, masculum et feminam: de animantibus vero immundis duo et duo, masculum et feminam."
"De todos os animais puros, tomarás sete casais, macho e fêmea, e dos animais impuros, dois, macho e fêmea."

3."Sed et de volatilibus caeli septena et septena, masculum et feminam, ut salvetur semen super faciem universae terrae."
"Também das aves dos céus, tomarás sete casais, macho e fêmea, para preservar sua espécie sobre a face da terra."

4."Adhuc enim et post dies septem ego pluam super terram quadraginta diebus et quadraginta noctibus: et delebo omnem substantiam, quam feci, de superficie terrae."
"Pois dentro de sete dias, farei chover sobre a terra por quarenta dias e quarenta noites, e exterminarei da face da terra todos os seres que fiz."

5."Fecit ergo Noë omnia, quae praeceperat ei Dominus."
"E Noé fez tudo conforme o Senhor lhe ordenara."

10."Cumque transissent septem dies, aquae diluvii inundaverunt super terram."
"E passados sete dias, as águas do dilúvio cobriram a terra."


Reflexão:

A história do dilúvio nos recorda que o fluxo da existência é moldado tanto pela corrupção quanto pela renovação. Noé se destaca porque soube ouvir a voz do Senhor e agir em conformidade com ela, sendo um elo entre o passado e o futuro. Sua obediência não é mero cumprimento de ordens, mas um reconhecimento da ordem maior que sustenta a vida. Hoje, em meio às tempestades do mundo, somos chamados a ser construtores de uma nova possibilidade, não guiados pelo medo da destruição, mas pela confiança na continuidade. A verdadeira justiça não reside na fuga do caos, mas na capacidade de transformar o presente em caminho para a plenitude que ainda se desenha.

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sábado, 15 de fevereiro de 2025

Primeira Leitura: Gênesis 4,1-15.25 - 17.02.2025

 


Genesis 4,1-15.25

1 Adam vero cognovit Evam uxorem suam, quæ concepit et peperit Cain, dicens: Possedi hominem per Deum.
1 Adão conheceu Eva, sua esposa, que concebeu e deu à luz Caim, dizendo: Alcancei um homem com o auxílio de Deus.

2 Rursusque peperit fratrem ejus Abel. Fuit autem Abel pastor ovium, et Cain agricola.
2 E novamente deu à luz seu irmão Abel. Ora, Abel tornou-se pastor de ovelhas, e Caim foi agricultor.

3 Factum est autem post multos dies ut offerret Cain de fructibus terræ munera Domino.
3 E aconteceu que, após muitos dias, Caim trouxe do fruto da terra uma oferenda ao Senhor.

4 Abel quoque obtulit de primogenitis gregis sui, et de adipibus eorum: et respexit Dominus ad Abel et ad munera ejus.
4 Abel também ofereceu dos primogênitos do seu rebanho e de sua gordura. E o Senhor olhou para Abel e para sua oferenda.

5 Ad Cain vero et ad munera illius non respexit: iratusque est Cain vehementer, et concidit vultus ejus.
5 Mas para Caim e sua oferenda não olhou. E Caim se enfureceu grandemente, e seu semblante decaiu.

6 Dixitque Dominus ad eum: Quare iratus es? et cur concidit facies tua?
6 E o Senhor lhe disse: Por que estás irado? E por que teu semblante decaiu?

7 Nonne si bene egeris, recipies: sin autem male, statim in foribus peccatum aderit? Sed sub te erit appetitus ejus, et tu dominaberis illius.
7 Se procederes bem, não serás aceito? Mas se procederes mal, o pecado está à porta, desejando-te, mas deves dominá-lo.

8 Dixitque Cain ad Abel fratrem suum: Egrediamur foras. Cumque essent in agro, consurrexit Cain adversus fratrem suum Abel, et interfecit eum.
8 E Caim disse a seu irmão Abel: Saiamos ao campo. E estando eles no campo, Caim levantou-se contra seu irmão Abel e o matou.

9 Et ait Dominus ad Cain: Ubi est Abel frater tuus? Qui respondit: Nescio: num custos fratris mei sum ego?
9 Então o Senhor disse a Caim: Onde está teu irmão Abel? E ele respondeu: Não sei. Acaso sou eu o guardião de meu irmão?

10 Dixitque ad eum: Quid fecisti? vox sanguinis fratris tui clamat ad me de terra.
10 E o Senhor lhe disse: O que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama a mim desde a terra.

11 Nunc igitur maledictus eris super terram, quæ aperuit os suum et suscepit sanguinem fratris tui de manu tua.
11 Agora, pois, és maldito sobre a terra, que abriu sua boca para receber da tua mão o sangue de teu irmão.

12 Cum operatus fueris eam, non dabit tibi fructus suos: vagus et profugus eris super terram.
12 Quando cultivares a terra, ela não te dará mais sua força. Serás errante e fugitivo sobre a terra.

13 Dixitque Cain ad Dominum: Major est iniquitas mea, quam ut veniam merear.
13 E Caim disse ao Senhor: Minha culpa é maior do que eu possa suportar.

14 Ecce ejicis me hodie a facie terræ, et a facie tua abscondar, et ero vagus et profugus in terra: omnis igitur qui invenerit me, occidet me.
14 Eis que hoje me expulsas da face da terra, e serei escondido da tua face. Serei errante e fugitivo na terra, e todo aquele que me encontrar me matará.

15 Dixitque ei Dominus: Nequaquam ita fiet, sed omnis qui occiderit Cain, septuplum punietur. Posuitque Dominus Cain signum, ut non interficeret eum omnis qui invenisset eum.
15 E o Senhor lhe disse: Não será assim, mas quem matar Caim será vingado sete vezes. E o Senhor pôs um sinal em Caim, para que ninguém que o encontrasse o matasse.

25 Cognovit quoque adhuc Adam uxorem suam, et peperit filium, vocavitque nomen ejus Seth, dicens: Posuit mihi Deus semen aliud pro Abel, quem occidit Cain.
25 Adão conheceu novamente sua esposa, e ela deu à luz um filho, a quem chamou Sete, dizendo: Deus me concedeu outra descendência no lugar de Abel, que Caim matou.


Reflexão:

A história de Caim e Abel transcende o relato de um crime fratricida; ela reflete o drama da consciência humana em sua relação com a liberdade e a responsabilidade. Caim não é rejeitado, mas chamado à superação de si mesmo. A ira que nasce da comparação e da inveja poderia ser transformada, mas, ao invés disso, se torna destruição. Deus não o condena à aniquilação, mas o convida ao caminho da restauração, ainda que por meio da errância.

No mundo de hoje, onde a competição frequentemente obscurece a fraternidade, a tentação de ver o outro como rival ainda está presente. Mas a lição divina permanece: a justiça não se impõe pela força, mas pelo reconhecimento de que a existência do outro não diminui a nossa. O verdadeiro sinal da presença de Deus não está na eliminação dos que nos desafiam, mas na transformação do coração. Como Caim, podemos nos perder na inquietação da fuga, ou podemos escutar o chamado para reconstruir o que foi quebrado.

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Primeira Leitura: Jeremias 17:5-8 - 16.02.2025


 Lectio Prima: Ieremias 17,5-8

5 Haec dicit Dominus: "Maledictus homo, qui confidit in homine et ponit carnem brachium suum, et a Domino recedit cor eius."
Assim diz o Senhor: "Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço e cujo coração se afasta do Senhor."

6 "Erit enim quasi myrica in deserto et non videbit, cum venerit bonum; sed habitabit in siccitate in deserto, in terra salsuginis et inhabitabili."
Pois será como um arbusto no deserto e não verá quando vier o bem; habitará em lugares áridos do deserto, numa terra salgada e inabitável.

7 "Benedictus vir, qui confidit in Domino, et erit Dominus fiducia eius."
Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor.

8 "Et erit quasi lignum, quod transplantatur super aquas, quod ad humorem mittit radices suas et non timebit, cum venerit aestus; et erit folium eius viride et in anno siccitatis non erit sollicitum nec aliquando desinet facere fructum."
Pois será como uma árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para a corrente; não temerá quando vier o calor, sua folhagem será sempre verde, e no ano da seca não se inquietará nem deixará de dar fruto.


Reflexão

O caminho da existência se desenha entre a confiança e a dispersão. Quem se ancora apenas no transitório, fixa-se na aridez do instante e se perde na esterilidade da incerteza. Mas aquele que se enraíza na fonte do eterno encontra plenitude. A liberdade não se cumpre no isolamento, mas na abertura ao sentido mais profundo da vida. Não há temor quando a alma se alimenta daquilo que transcende a limitação do tempo. Aquele que reconhece essa dinâmica experimenta um crescimento contínuo, frutificando mesmo em tempos de escassez. O verdadeiro horizonte do ser não é a contenção, mas a expansão do espírito.

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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Primeira Leitura: Gênesis 3:9-24 - 15.02.2025

 


Genesis 3,9-24 – (Vulgata)

9. Vocavitque Dominus Deus Adam, et dixit ei: Ubi es?
Chamou, pois, o Senhor Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás?

10. Qui ait: Vocem tuam audivi in paradiso, et timui, eo quod nudus essem, et abscondi me.
Ele respondeu: Ouvi a tua voz no paraíso e tive medo, porque estava nu; e escondi-me.

11. Cui dixit: Quis enim indicavit tibi quod nudus esses, nisi quod ex ligno, de quo tibi præceperam ne comederes, comedisti?
Disse-lhe Deus: Quem te revelou que estavas nu, senão o fato de teres comido da árvore da qual te ordenei que não comesses?

12. Dixitque Adam: Mulier, quam dedisti mihi sociam, dedit mihi de ligno, et comedi.
Disse Adão: A mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu comi.

13. Et dixit Dominus Deus ad mulierem: Quare hoc fecisti? Quæ respondit: Serpens decepit me, et comedi.
E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isso? Respondeu a mulher: A serpente enganou-me, e eu comi.

14. Et dixit Dominus Deus ad serpentem: Quia fecisti hoc, maledictus es inter omnia animantia et bestias terræ: super pectus tuum gradieris, et terram comedes cunctis diebus vitæ tuæ.
E disse o Senhor Deus à serpente: Porque fizeste isso, és maldita entre todos os animais e bestas da terra; rastejarás sobre teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida.

15. Inimicitias ponam inter te et mulierem, et semen tuum et semen illius: ipsa conteret caput tuum, et tu insidiaberis calcaneo eius.
Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela; ela esmagará tua cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

16. Mulieri dixit: Multiplicabo ærumnas tuas et conceptus tuos: in dolore paries filios, et sub viri potestate eris, et ipse dominabitur tui.
À mulher, disse: Multiplicarei teus sofrimentos e tua concepção; com dores darás à luz filhos, e estarás sob o poder do teu marido, e ele te dominará.

17. Adae vero dixit: Quia audisti vocem uxoris tuæ, et comedisti de ligno, ex quo præceperam tibi ne comederes, maledicta terra in opere tuo: in laboribus comedes ex ea cunctis diebus vitæ tuæ.
E a Adão disse: Porque deste ouvidos à tua mulher e comeste da árvore da qual te ordenei que não comesses, maldita será a terra por tua causa; com trabalho comerás dela todos os dias da tua vida.

18. Spinas et tribulos germinabit tibi, et comedes herbas terræ.
Ela te produzirá espinhos e abrolhos, e comerás as ervas do campo.

19. In sudore vultus tui vesceris pane, donec revertaris in terram de qua sumptus es: quia pulvis es, et in pulverem reverteris.
Com o suor do teu rosto comerás o pão, até que voltes à terra de onde foste tirado; porque tu és pó, e ao pó retornarás.

20. Et vocavit Adam nomen uxoris suæ, Heva: quia mater cunctorum viventium.
E Adão chamou sua mulher de Eva, porque ela seria a mãe de todos os viventes.

21. Fecit quoque Dominus Deus Adæ et uxori eius tunicas pelliceas, et induit eos.
E o Senhor Deus fez para Adão e sua mulher túnicas de peles e os vestiu.

22. Et ait: Ecce Adam factus est quasi unus ex nobis, sciens bonum et malum: nunc ergo ne forte mittat manum suam, et sumat etiam de ligno vitæ, et comedat, et vivat in æternum.
E disse: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal; agora, pois, que não estenda a mão e tome também da árvore da vida, e coma e viva para sempre.

23. Et emisit eum Dominus Deus de paradiso voluptatis, ut operaretur terram de qua sumptus est.
E o Senhor Deus o expulsou do paraíso das delícias para cultivar a terra de onde fora tirado.

24. Eiecitque Adam: et collocavit ante paradisum voluptatis cherubim, et flammeum gladium atque versatilem ad custodiendam viam ligni vitæ.
E expulsou Adão e colocou diante do paraíso das delícias os querubins e uma espada flamejante e vibrante para guardar o caminho da árvore da vida.


Reflexão: A Queda e a Reconstrução da Ordem

A narrativa da expulsão do Paraíso não representa apenas uma punição, mas a afirmação da liberdade humana e a responsabilidade por suas escolhas. No instante em que Adão e Eva comem do fruto proibido, eles se tornam conscientes de sua própria capacidade de decisão, assumindo um papel ativo na construção de seu destino. O paraíso inicial simboliza uma condição de dependência absoluta, e a saída para o mundo real os chama ao esforço, ao mérito e à transformação da adversidade em progresso.

O trabalho árduo, antes visto como maldição, torna-se o meio pelo qual o ser humano molda a terra e a si mesmo, aprendendo a superar desafios e a gerar abundância a partir do que antes era escassez. Mesmo na queda, Deus não os abandona, mas lhes provê vestes, demonstrando que a jornada fora do Éden não é um castigo, mas um novo estágio de aprendizado e evolução. O caminho para a plenitude não está no retorno a uma inocência perdida, mas na construção ativa de um mundo onde o esforço, a criatividade e a responsabilidade individual restauram a ordem e conduzem ao verdadeiro crescimento.

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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Primeira Leitura: Gênesis 3:1-8 - 14.02.2025

 


Genesis 3,1-8 – (Vulgata)

1 Sed et serpens erat callidior cunctis animantibus terræ, quæ fecerat Dominus Deus. Qui dixit ad mulierem: "Cur præcepit vobis Deus ut non comederetis de omni ligno paradisi?"
Mas a serpente era mais astuta que todos os animais da terra que o Senhor Deus tinha feito. E disse à mulher: "Por que Deus vos ordenou que não comêsseis de toda árvore do paraíso?"

2 Cui respondit mulier: "De fructu lignorum, quæ sunt in paradiso, vescimur:
E a mulher respondeu-lhe: "Dos frutos das árvores que estão no paraíso comemos;

3 De fructu vero ligni quod est in medio paradisi, præcepit nobis Deus ne comederemus, et ne tangeremus illud, ne forte moriamur."
Mas do fruto da árvore que está no meio do paraíso, Deus nos ordenou que não comêssemos e nem o tocássemos, para que não morrêssemos."

4 Dixit autem serpens ad mulierem: "Nequaquam morte moriemini."
Mas a serpente disse à mulher: "De maneira alguma morrereis."

5 Scit enim Deus quod in quocumque die comederitis ex eo, aperientur oculi vestri, et eritis sicut dii, scientes bonum et malum."
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecendo o bem e o mal."

6 Vidit igitur mulier quod bonum esset lignum ad vescendum, et pulchrum oculis, aspectuque delectabile; et tulit de fructu illius, et comedit: deditque viro suo, qui comedit.
Então a mulher viu que a árvore era boa para se comer, bela aos olhos e desejável para dar conhecimento; tomou de seu fruto e comeu, e deu também ao seu marido, que comeu.

7 Et aperti sunt oculi amborum: cumque cognovissent se esse nudos, consuerunt folia ficus, et fecerunt sibi perizomata.
E abriram-se os olhos de ambos; e, ao perceberem que estavam nus, entrelaçaram folhas de figueira e fizeram para si cinturas.

8 Et cum audissent vocem Domini Dei deambulantis in paradiso ad auram post meridiem, abscondit se Adam et uxor eius a facie Domini Dei in medio ligni paradisi.
E, ouvindo a voz do Senhor Deus que passeava no paraíso à brisa da tarde, Adão e sua mulher se esconderam da face do Senhor Deus entre as árvores do paraíso.


Reflexão

A narrativa da queda não é apenas um relato antigo, mas uma chave para compreender a condição humana. A serpente sugere que a obediência a Deus limita o homem, insinuando que há um saber oculto que pode torná-lo como Deus. O desejo pelo conhecimento absoluto nasce do anseio por transcendência, mas, quando separado da comunhão divina, torna-se uma ilusão de autonomia. Ao comerem do fruto, Adão e Eva não apenas despertam para a realidade do bem e do mal, mas experimentam a ruptura interior, manifestada na vergonha e no medo. Deus, no entanto, não os abandona: Ele os busca no jardim, pois a história da humanidade não termina na queda, mas no chamado à restauração. O verdadeiro conhecimento, então, não é possuir a verdade, mas ser possuído por ela, num caminho de abertura ao mistério divino que sempre nos convida a reencontrá-Lo.

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