Prima Lectio: Ecclesiasticus 5,1-10
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Noli apponere cor tuum in divitias, et ne dixeris: “Sufficient mihi”.
Não ponhas teu coração nas riquezas, e não digas: “Elas me bastam”. -
Non te elevet in diebus necessitatis tuae, quod ventus illius virtutem emittat:
Não te exaltes nos dias de necessidade, pois o sopro do destino é incerto. -
Ne dicas: “Quid mihi superest? et quae nunc tempora ventura sunt?”
Não digas: “O que me falta? E que tempos virão agora?” -
Ne dicas: “Peccavi, et quid mihi accidit triste?” Altissimus enim est patiens redditor.
Não digas: “Pequei, e nada de mal me aconteceu”, pois o Altíssimo é paciente em retribuir. -
De propitiatione ne sis sine metu, neque adjicias peccatum super peccatum.
Não te iludas com a misericórdia e não acumules pecado sobre pecado. -
Et ne dicas: “Misericordia Domini magna est, multitudinis peccatorum meorum miserebitur.”
E não digas: “Grande é a misericórdia do Senhor, Ele terá piedade da multidão dos meus pecados.” -
Misericordia enim et ira ab illo cito proximant, et in peccatores respicit ira illius.
Pois a misericórdia e a ira d'Ele se aproximam rapidamente, e sobre os pecadores recai Sua indignação. -
Ne tardes converti ad Dominum, et ne differas de die in diem.
Não demores a voltar-te para o Senhor, e não adies de dia em dia. -
Subito enim veniet ira illius, et in tempore vindictae disperdet te.
Pois de repente virá Sua ira, e no dia do juízo Ele te destruirá. -
Noli anxius esse de divitiis injustis: nihil enim proderunt tibi in die calamitatis et vindictae.
Não confies em riquezas injustas, pois nada te aproveitarão no dia da calamidade e do juízo.
Reflexão:
O homem que deposita sua confiança no que passa perde a conexão com o que é eterno. O tempo, como um rio em fluxo constante, não se detém diante de nossas certezas, e a ilusão da autossuficiência se dissipa no momento do chamado divino. O Senhor não deseja o medo servil, mas a consciência desperta, que reconhece a urgência da conversão. Quem adia a busca pela verdade corre o risco de ser apanhado pela voragem do efêmero. O juízo não é um castigo arbitrário, mas a revelação do que realmente somos. A liberdade consiste em escolher agora o caminho da retidão, pois somente aquele que caminha com a verdade já participa, desde este instante, da plenitude do Reino.
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