Leitura do livro da Sabedoria – 1Escutai, ó reis, e compreendei. Instruí-vos, governadores dos confins da terra! 2Prestai atenção, vós que dominais as multidões e vos orgulhais do número de vossos súditos. 3Pois o poder vos foi dado pelo Senhor, e a soberania, pelo Altíssimo. É ele quem examinará as vossas obras e sondará as vossas intenções; 4apesar de estardes ao serviço do seu reino, não julgastes com retidão, nem observastes a Lei, nem procedestes conforme a vontade de Deus. 5Por isso, ele cairá de repente sobre vós, de modo terrível, porque um julgamento implacável será feito sobre os poderosos. 6O pequeno pode ser perdoado por misericórdia, mas os poderosos serão examinados com poder. 7O Senhor de todos não recuará diante de ninguém nem se deixará impressionar pela grandeza, porque o pequeno e o grande, foi ele quem os fez, e a sua providência é a mesma para com todos; 8mas, para os poderosos, o julgamento será severo. 9A vós, pois, governantes, dirigem-se as minhas palavras, para que aprendais a sabedoria e não venhais a tropeçar. 10Os que observam fielmente as coisas santas serão justificados; e os que as aprenderem vão encontrar sua defesa. 11Portanto, desejai ardentemente minhas palavras, amai-as e sereis instruídos. – Palavra do Senhor.
Reflexão
Na leitura do Livro da Sabedoria, somos convocados a prestar atenção, não apenas reis e governadores, mas todos os que têm autoridade sobre outros. É uma chamada à reflexão sobre o verdadeiro significado do poder e da liderança.
A passagem começa ressaltando que o poder vem do Senhor, a soberania do Altíssimo. Isso nos lembra que qualquer posição de autoridade que ocupamos, direta ou indiretamente, é um dom de Deus, uma responsabilidade que não deve ser exercida levianamente.
A crítica direta aos governantes é clara: embora estejam a serviço do reino divino, muitas vezes falham em julgar com retidão, ignoram a lei e desconsideram a vontade de Deus. A advertência é séria - um julgamento terrível será feito sobre os poderosos, e sua grandeza não os protegerá da responsabilidade diante do Altíssimo.
A mensagem é que, embora os pequenos possam ser perdoados por misericórdia, os poderosos serão examinados com mais rigor. Isso não implica uma desvalorização da importância dos pequenos, mas, ao contrário, destaca a responsabilidade acrescida daqueles em posições de poder.
A ênfase na equidade divina é notável: Deus não faz acepção de pessoas, sua providência é a mesma para todos, grandes e pequenos. No entanto, os poderosos serão julgados mais severamente não devido à sua posição, mas por sua responsabilidade aumentada e, muitas vezes, sua influência sobre as vidas dos outros.
Aos governantes, a exortação é clara: aprendam a sabedoria para evitar tropeçar. A verdadeira sabedoria é a compreensão do propósito divino, a aplicação justa da lei, e a busca constante pela vontade de Deus em suas decisões.
A conclusão destaca a importância de desejar ardentemente e amar as palavras que trazem instrução. Isso não é apenas um chamado à aquisição de conhecimento, mas a uma profunda compreensão e aplicação dos princípios divinos em nossa jornada de vida.
Que esta leitura nos inspire a buscar a sabedoria divina em todas as áreas de nossas vidas, reconhecendo que toda autoridade é um chamado à responsabilidade e retidão perante Deus. Amém.
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