quinta-feira, 3 de julho de 2025

Primeira Leitura: Gênesis 27:1-5.15-29 - 05.07.2025

 


Lectio prima – Genesis 27,1-5.15-29

Benedictio Iacob a Isaac patri suo

1 Senuit autem Isaac, et caligaverunt oculi eius, et videre non poterat: vocavitque Esau, filium suum maiorem, et dixit ei: Fili mi. Qui respondit: Adsum.

1 Isaac envelheceu, e seus olhos se enfraqueceram, e já não podia ver. Chamou então Esaú, seu filho mais velho, e disse-lhe: Meu filho. Ele respondeu: Eis-me aqui.

2 Cui pater: Vides, inquit, quod senuerim, et ignorem diem mortis meae.

2 Disse-lhe o pai: Vês que envelheci, e não sei o dia da minha morte.

3 Tolle arma tua, faretram, et arcum, et egredere foras: cumque venatum aliquid apprehenderis,

3 Toma, pois, tuas armas, a aljava e o arco, e sai ao campo; e caçando algo, traz para mim.

4 Fac mihi inde pulmentum, sicut vescor, et affer, ut comedam: et benedicat tibi anima mea, antequam moriar.

4 Prepara-me então um prato saboroso, como gosto, e traze-mo, para que eu coma, e minha alma te abençoe antes que eu morra.

5 Quod cum audisset Rebecca, et ille abisset in agrum ut iussionem patris impleret,

5 Ora, Rebeca escutava enquanto Isaac falava com Esaú; e, quando ele saiu ao campo para cumprir a ordem do pai,

15 Induit eum operimentis Esau valde pelliceis, et pelliculas haedorum circumdedit manibus eius, et parte colli nuda:

15 Rebeca vestiu Jacó com as roupas muito peludas de Esaú, e cobriu-lhe as mãos e a parte descoberta do pescoço com peles de cabritos,

16 Deditque pulmentum, et panes, quos confecerat, in manu Iacob filii sui.

16 E pôs o prato e os pães que havia preparado nas mãos de Jacó, seu filho.

17 Qui cum ingressus esset ad patrem, dixit: Pater mi. At ille respondit: Audio. Quis es tu, fili mi?

17 Quando Jacó entrou e se apresentou ao pai, disse: Meu pai. E ele respondeu: Ouço. Quem és tu, meu filho?

18 Dixitque Iacob: Ego sum Esau primogenitus tuus: feci sicut praecepisti mihi: surge, sede, et comede de venatione mea, ut benedicat mihi anima tua.

18 Jacó disse: Sou Esaú, teu primogênito. Fiz como me pediste: levanta-te, senta-te e come da minha caça, para que tua alma me abençoe.

19 Dixitque Isaac ad filium suum: Quomodo tam cito invenire potuisti, fili mi? Qui respondit: Voluntas Dei fuit, ut cito occurreret mihi quod volebam.

19 Isaac disse ao filho: Como pudeste encontrar tão depressa, meu filho? E ele respondeu: Foi vontade de Deus que o que eu buscava me viesse logo ao encontro.

20 Dixit Isaac: Accede huc, ut tangam te, fili mi, et probem utrum tu sis filius meus Esau, an non.

20 Isaac disse: Aproxima-te, meu filho, para que eu te toque e veja se és realmente meu filho Esaú ou não.

21 Accessit ille ad patrem, et palpato eo, dixit Isaac: Vox quidem vox Iacob est, sed manus sunt manus Esau.

21 Ele se aproximou do pai, e, tocando-o, Isaac disse: A voz é a voz de Jacó, mas as mãos são as mãos de Esaú.

22 Et non cognovit eum, quia pilosae manus similitudinem maioris expresserant. Benedicens ergo illi,

22 E não o reconheceu, pois as mãos peludas pareciam as de seu irmão mais velho. E assim ele o abençoou.

23 Dixit: Tune es filius meus Esau? Respondit: Ego sum.

23 E disse: És mesmo meu filho Esaú? Ele respondeu: Eu sou.

24 At ille: Affer mihi, inquit, cibos de venatione tua, fili mi, ut comedam, et benedicat tibi anima mea. Quos cum oblatos comedisset, obtulit ei etiam vinum. Quod post bibendum,

24 Disse-lhe: Traz-me a caça, meu filho, para que eu coma, e minha alma te abençoe. Quando Jacó lhe trouxe o alimento e ele comeu, ofereceu-lhe também vinho, e ele bebeu.

25 Dixit ad eum: Accede ad me, et da mihi osculum, fili mi.

25 Disse-lhe então: Aproxima-te, meu filho, e dá-me um beijo.

26 Accessit, et osculatus est eum. Statimque ut sensit odorem vestimentorum eius, benedicens illi, ait: Ecce odor filii mei, sicut odor agri pleni, cui benedixit Dominus.

26 Ele se aproximou e o beijou. E assim que Isaac sentiu o cheiro das suas roupas, abençoou-o, dizendo: Eis o cheiro do meu filho, como o cheiro de um campo fértil, que o Senhor abençoou.

27 Det tibi Deus de rore caeli, et de pinguedine terrae, abundantiam frumenti, et vini.

27 Deus te conceda o orvalho do céu e a fertilidade da terra, com abundância de trigo e de vinho.

28 Et serviant tibi populi, et adorent te tribus: esto dominus fratrum tuorum, et incurventur ante te filii matris tuae: qui maledixerit tibi, sit ille maledictus: et qui benedixerit tibi, benedictionibus repleatur.

28 Sirvam-te os povos, prostrem-se diante de ti as nações: sê senhor dos teus irmãos, e que os filhos de tua mãe se curvem diante de ti. Maldito seja quem te amaldiçoar, e bendito quem te abençoar.

Reflexão:
Neste episódio velado por artifícios humanos, opera-se um mistério mais profundo: a bênção, dom irrevogável, flui mesmo por caminhos imperfeitos, revelando que a realidade divina não depende da pureza exterior dos meios, mas da orientação íntima do coração. A liberdade humana encontra aqui sua tensão maior — entre o desejo de possuir e o chamado a ser. No entanto, é nesse entrelaçar de intenções que a Graça atua, não anulando a escolha, mas elevando-a. A bênção verdadeira não é a posse de um direito, mas a abertura à vocação que nos transcende e nos dignifica. Aquele que se deixa conduzir pelo impulso interior da Vida será, mesmo sem saber, herdeiro do Eterno.

Leia: LITURGIA DA PALAVRA

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