Eclesiástico 3,3-7.14-17 (Bíblia de Jerusalém)
Leitura do livro do Eclesiástico –3 O rico, sábio em sua própria opinião, é como um grande engenho que o agricultor vai aperfeiçoando.
4 Se o fazendeiro não enterra seu vão de água, em tempo de ceifa o despejará.
5 Quem acumula o erro está entesourando para si a cólera.
6 Quando sobrevém a tribulação, seus males não se apagam com o tempo.
7 O fracasso do ímpio não terá remédio, porque lhe falta a raiz do temor de Deus.
14 Quanto maior és, mais te humilhas e encontrarás graça diante do Senhor,
15 pois grande é o poder do Senhor e os humildes ele glorifica.
16 Não procures coisas superiores a ti, nem temas empreendê-las;
17 porque o Senhor é juiz e para com ele não há acepção de pessoas. - Palavra do Senhor.
Reflexão
A passagem de Eclesiástico 3,3-7.14-17 oferece uma profunda reflexão sobre a sabedoria, humildade e confiança em Deus. A analogia do rico sábio, comparado a um engenho, ressalta a futilidade da sabedoria autoatribuída e da acumulação material sem a devida consideração ao temor de Deus.
A advertência contra acumular erros destaca a importância de viver com integridade e justiça, reconhecendo que os males acumulados não desaparecem por conta própria. Este ensinamento ressoa nos desafios contemporâneos, instigando-nos a avaliar constantemente nossas ações, buscando a correção e a reconciliação quando necessário.
A segunda parte da passagem destaca a virtude da humildade. O conselho para nos humilharmos diante do Senhor, reconhecendo nossa dependência divina, é uma chamada à modéstia e ao entendimento de que nossa grandeza está na humildade diante de Deus. Isso nos lembra que, quanto mais nos elevamos em humildade, mais encontramos graça perante o Senhor.
A instrução para não buscar coisas superiores a nós mesmos não significa a promoção da mediocridade, mas sim a aceitação de nossas limitações e a confiança na orientação divina. Deus é o juiz imparcial, e confiar em Sua sabedoria é mais sábio do que nos exaltarmos além de nossas capacidades.
Em um mundo que muitas vezes valoriza o poder, a riqueza e a autoafirmação, esta passagem nos lembra da importância da humildade, da retidão e do respeito pelas orientações divinas. Que possamos ser sábios construtores de nossas vidas, edificando não apenas para nós mesmos, mas para a glória de Deus e o bem dos outros. Que a humildade e a confiança em Deus sejam os alicerces sobre os quais construímos nossas vidas, encontrando graça diante do Senhor.
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