Cântico dos Cânticos 2:8-14 (Bíblia de Jerusalém):
Leitura do livro do Cântico dos Cânticos –8 A voz do meu amado! Ei-lo que vem, saltando pelos montes, pulando pelas colinas.
9 O meu amado é semelhante a uma gazela, ou a um filhote de cervo. Vê-lo-eis em pé atrás da nossa parede, espreitando pelas janelas, observando através das grades.
10 O meu amado respondeu-me: "Levanta-te, amada minha, formosa minha, e vem!
11 Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva, e já se foi.
12 Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.
13 A figueira começa a dar seus primeiros frutos, soltam aroma as vinhas em flor. Levanta-te, amada minha, formosa minha, e vem!
14 Pomba minha, que habitas nas fendas dos penhascos, nos esconderijos escarpados, mostra-me tua face, faze-me ouvir tua voz; tua voz é doce, e tua face, encantadora." - Palavra do Senhor.
Reflexão
Hoje, mergulhemos em uma passagem rica e poética que nos convida a contemplar a beleza do amor e a alegria que surgem na jornada da vida espiritual. Este texto nos transporta para um cenário de expectativa e encanto, onde a voz do amado ressoa pelos montes, saltando pelas colinas. É como se a própria natureza respondesse à presença divina, indicando a chegada de algo especial.
Ao considerar as imagens da gazela, do filhote de cervo, e da primavera que desperta, somos convidados a refletir sobre a renovação que o amor traz. Assim como a estação muda e a natureza se enche de vida, o amor de Deus renova nossos corações, trazendo consigo a promessa de tempos frutíferos e florescimento espiritual.
A chamada para "levantar e vir" ecoa em nossos ouvidos como um convite pessoal. É uma convocação para nos erguermos da letargia espiritual, para nos levantarmos e nos aproximarmos do Divino. A mensagem é clara: a estação da espera chegou ao fim; é hora de responder ao chamado divino e nos unirmos ao amado.
A metáfora das flores que aparecem na terra, das vinhas em flor e dos frutos que começam a surgir fala de um tempo de abundância e fertilidade espiritual. É um lembrete de que, quando nos entregamos ao amor divino, testemunhamos o desabrochar de virtudes e dons que enriquecem não apenas nossas vidas, mas também a comunidade ao nosso redor.
A figura da pomba, que habita nos penhascos e se esconde em locais escarpados, simboliza a busca por Deus nos recônditos do nosso ser. Essa imagem sugere a necessidade de nos retirarmos para a interioridade, para os lugares quietos do coração, a fim de encontrar a presença suave e encantadora do Senhor.
Que esta reflexão nos inspire a abraçar o chamado divino com alegria e expectativa, a nos levantarmos da nossa complacência espiritual e a nos aproximarmos do Amado com corações abertos. Que possamos experimentar a renovação do amor divino em nossas vidas, testemunhando o florescimento da graça e vivendo em comunhão íntima com Aquele que nos chama. Amém.
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