quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Primeira Leitura: Isaías 30,19-21.23-26 - 06.12.2025


LECTIO PRIMA

Liber Isaiae 30,19-21.23-26

19 populus enim Sion habitabit in Hierusalem plorans nequaquam plorabis miserans miserebitur tui ad vocem clamoris tui statim ut audierit respondebit tibi
19 — O povo de Sião habitará em Jerusalém chorando não; não chorarás mais; misericordioso Ele se compadecerá de ti; à voz do teu clamor, assim que O ouvir, responderá a ti.

20 et dabit vobis Dominus panem artum et aquam brevem et non faciet avolare a te ultra doctorem tuum et erunt oculi tui videntes praeceptorem tuum
20 — E o Senhor vos dará pão estreito e água breve; e não fará voar de ti mais o teu mestre; e os teus olhos verão o teu instrutor.

21 et aures tuae audient verbum post tergum monentis haec via ambulate in ea neque ad dexteram neque ad sinistram
21 — E os teus ouvidos ouvirão a palavra por detrás de ti, dizendo Andai neste caminho; nele andai, nem para a direita nem para a esquerda.

23 et dabitur pluvia semini tuo ubicumque seminaveris in terra et panis frugum terrae erit uberrimus et pinguis pascetur in possessione tua in die illo agnus spatiose
23 — E será dada chuva à tua semente, onde quer que semeares na terra; e o pão dos frutos da terra será abundante e gordo; nesse dia o cordeiro pastará largamente na tua possessão.

24 et boves tui et iumenta quae arant terram comedent forraginem mixtam quam pulvere et forcipe excoluerint 
24 — E teus bois e os jumentos que lavram a terra comerão forragem misturada que com pá e forquilha foi peneirada.

25 et super omnem aridam montem et omnem excelso colle erunt rivuli aquarum fluentium in die magnae caedis cum turribus corruentibus 
25 — E sobre toda montanha seca e sobre toda colina elevada haverá córregos de águas correntes no dia da grande matança, quando as torres desabarem.

26 et erit lux lunae sicut lux solis et lux solis erit septuplum sicut lux dierum septem in die qua alligabit Dominus vulnera populi sui et sanabit plagae ictum 
26 — E será a luz da lua como a luz do sol e a luz do sol será sete vezes como a luz de sete dias no dia em que o Senhor ligará as feridas do Seu povo e curará a chaga do seu golpe.

Reflexão
Este trecho profético apresenta um movimento de retorno à origem interior e à orientação que não se perde no cansaço nem na dispersão. Deus promete que as lágrimas cessarão e que a resposta ao clamor humano não está numa procura externa sem critério, mas na firme atenção ao que ecoa por trás da consciência, aquela voz interior que indica o caminho recto sem desvios laterais. A provisão da chuva e do pão rico simboliza a ordem restauradora que brota quando se semeia com intenção clara e se colhe com labor digno. Os animais que se alimentam na terra trabalhada devem lembrar que a vida prossegue quando se reconhece a relação harmoniosa entre esforço e confiança. A imagem dos córregos que se espalham nas alturas sugere que, mesmo diante de ruínas, a água da sabedoria corre livre e alimenta o terreno da escolha consciente. A luz multiplicada reflete um estado em que a perceção se expande por inteira e todas as partes do ser se iluminam. Na promessa de cura e de restauração das feridas há uma convocação para que cada um assuma a própria responsabilidade no crescimento e no cuidado da própria vida, preservando a dignidade pessoal e o respeito pelos laços profundos que sustentam a família e a comunidade.

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