domingo, 8 de setembro de 2024

Primeira Leitura: 1 Coríntios 9:16-19. 22-27 - 13.09.2024



1 Coríntios 9:16-19. 22-27


16 Anunciar o evangelho não é para mim motivo de glória, pois essa é uma obrigação que me foi imposta. Ai de mim se eu não anunciar o evangelho!  

17 Se eu exercesse esse ministério por iniciativa própria, teria direito a recompensa; mas, como o faço por obrigação, é uma tarefa que me foi confiada.  

18 Qual é, então, a minha recompensa? É que, pregando o evangelho, eu o ofereça gratuitamente, sem fazer uso do direito que o evangelho me confere.  

19 Embora eu seja livre em relação a todos, fiz-me servo de todos, para ganhar o maior número possível.


22 Fiz-me fraco com os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, de alguma forma, salvar alguns.  

23 Tudo isso faço por causa do evangelho, para me tornar participante dele.  

24 Não sabeis que, no estádio, todos os corredores competem, mas só um recebe o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.  

25 Todo atleta se submete a uma disciplina rigorosa em tudo; eles o fazem para obter uma coroa corruptível, mas nós, uma incorruptível.  

26 Assim, eu corro, não sem rumo certo; eu luto, não como quem dá golpes no ar.  

27 Pelo contrário, castigo o meu corpo e o mantenho submisso, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser desqualificado.


Reflexão:


A caminhada espiritual exige disciplina, foco e sacrifício. Assim como um atleta treina intensamente para alcançar a vitória, também na vida espiritual devemos estar dispostos a moldar nosso caráter, lutar contra nossas fraquezas e manter o foco no objetivo final. O compromisso com a missão nos coloca em constante transformação. Não é apenas o que fazemos, mas como nos oferecemos ao mundo, servindo e sendo instrumentos de algo maior. É pela integração desse esforço pessoal com o movimento do cosmos que encontramos um propósito que transcende nossas limitações. A verdadeira coroa é a união com o divino, que ilumina toda a existência.

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sábado, 7 de setembro de 2024

Primeira Leitura: 1 Coríntios 8,1-7.11-13 - 12.09.2024




1 Coríntios 8,1-7.11-13


1. Quanto às carnes sacrificadas aos ídolos, sabemos que todos nós temos ciência. A ciência incha, mas a caridade edifica. (1)  

2. Se alguém pensa que sabe alguma coisa, ainda não sabe como convém saber. (2)  

3. Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele. (3)  

4. Assim, quanto ao comer das carnes sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só. (4)  

5. Porque, ainda que haja também alguns que se chamam deuses, quer no céu, quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), (5)  

6. Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. (6)  

7. Mas nem em todos há conhecimento; porque alguns, acostumados até aqui com o ídolo, comem dessas carnes como sacrificadas ao ídolo; e a consciência deles, sendo fraca, contamina-se. (7)  

11. E pela tua ciência perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. (11)  

12. Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. (12)  

13. Pelo que, se o manjar escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize. (13)


Reflexão:


Nesta passagem, São Paulo nos convida a refletir sobre o equilíbrio entre o conhecimento e a caridade. A ciência pode facilmente nos levar à soberba, mas é a caridade que edifica e une. No caminho da fé, é fácil acreditar que o conhecimento sobre a verdade nos coloca em uma posição superior, mas Paulo nos lembra que o amor deve sempre guiar nossas ações, especialmente em relação aos mais fracos na fé.


O apóstolo coloca em perspectiva a fragilidade das consciências. Mesmo sabendo que os ídolos não têm poder real, a consciência de um irmão fraco pode ser ferida quando ele, ao ver outros cristãos agindo com "conhecimento", se sente tentado a seguir o mesmo caminho sem a mesma convicção. A verdadeira sabedoria reside não apenas em saber o que é certo, mas em agir com amor, cuidando dos que são mais vulneráveis.


Esse cuidado pelo irmão mais fraco é uma expressão da interconexão entre todos os seres e uma compreensão de que nossos atos individuais ressoam no todo. Amar e cuidar dos outros, mesmo em coisas pequenas, é contribuir para o crescimento de uma humanidade mais unida, onde a caridade supera a simples acumulação de conhecimento.

Primeira Leitura: 1 Coríntios 7:25-31 - 11.09.2024


1 Coríntios 7:25-31


1. Acerca das virgens, não tenho ordem do Senhor, mas dou minha opinião como alguém que, pela misericórdia do Senhor, é digno de confiança. (25)

2. Tenho para mim que, por causa da atual crise, é bom para o homem permanecer como está. (26)

3. Estás ligado a uma mulher? Não busques a separação. Estás livre de mulher? Não busques esposa. (27)

4. No entanto, se casares, não pecas; e se a virgem casar, não pecará; mas tais pessoas terão tribulações na carne, e eu gostaria de vos poupar disso. (28)

5. Isto, porém, vos digo, irmãos: O tempo está abreviado. Assim, que aqueles que têm mulheres vivam como se não as tivessem; (29)

6. e aqueles que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que compram, como se não possuíssem; (30)

7. e os que usam deste mundo, como se dele não se utilizassem. Porque a aparência deste mundo passa. (31)


Reflexão:


O trecho de 1 Coríntios 7,25-31 apresenta uma perspectiva sobre o estado da vida cristã e suas implicações no contexto das circunstâncias temporais e espirituais. São Paulo aconselha sobre a condição do ser humano em relação ao casamento e às posses materiais, refletindo uma visão que transcende os aspectos temporais e físicos da vida. Ele sugere que, diante das tribulações e da efemeridade do mundo, é mais sábio viver com um coração desapegado e uma mente focada nas realidades espirituais eternas.

Inspirado pela visão do filósofo sobre a integração do espiritual e do material, a reflexão nos convida a considerar como nossas escolhas e prioridades moldam nossa experiência espiritual. A vida cristã é uma constante tensão entre o temporal e o eterno, e Paulo nos exorta a buscar uma perspectiva que veja o mundo e suas preocupações através da lente da eternidade.

A breve passagem do tempo, conforme expressa Paulo, não deve nos desencorajar, mas nos lembrar da transitoriedade das nossas preocupações mundanas em comparação com a profundidade do chamado espiritual. É um convite a viver uma vida de desprendimento, onde nossas ações são moldadas por um propósito maior que o de simples acomodações temporais. Na prática, isso nos chama a uma vida de autenticidade espiritual, onde a relação com o divino e o compromisso com os valores eternos transcendem as preocupações e possessões terrenas.

Portanto, a reflexão sobre esta leitura nos estimula a priorizar o Reino de Deus acima das preocupações temporais e a reconhecer a passagem efêmera das coisas terrenas, buscando uma união mais profunda com o eterno.

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Primeira Leitura: 1 Coríntios 6:1-11- 10.09.2024


1 Coríntios 6:1-11


1.Quando algum de vós tem uma questão contra outro, ousa levá-lo a juízo perante os injustos, e não perante os santos?

2.Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo há de ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?

3.Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?

4.Se, pois, tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, constituís como juízes aqueles que são de menos estima na igreja?

5.Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábio, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?

6.Mas o irmão vai a juízo contra o irmão, e isso perante infiéis!

7.Na verdade, é já uma falta entre vós terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano?

8.Mas vós mesmos é que fazeis injustiça e defraudais, e isso a vossos irmãos!

9.Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os fornicadores, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas,

10.nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus.

11.E tais fostes alguns de vós, mas fostes lavados, fostes santificados, fostes justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito de nosso Deus.

Reflexão:

A busca pela justiça é uma necessidade humana intrínseca, mas Paulo nos convida a enxergar além do simples desejo de compensação ou reparação. Somos chamados a julgar não com os olhos do mundo, mas com os olhos da eternidade. Em um cosmos em que cada ser está interligado, nossas ações em relação aos outros reverberam em dimensões espirituais. Como filhos da ressurreição, nossa responsabilidade não é apenas terrena; é cósmica, participando da ordem divina em reconstruir o universo em harmonia com o amor de Deus. A transformação começa no coração, onde a justiça verdadeira é cultivada, permitindo que avancemos em direção a uma plenitude maior, onde o Reino de Deus já começa a se manifestar.

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sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Primeira Leitura: 1 Coríntios 5:1-8 - 09.09.2024


1 Coríntios 5:1-8


1. É voz corrente que existe entre vós imoralidade, e uma imoralidade tal que nem entre os pagãos existe: alguém vive com a mulher de seu pai.  

2. E estais vós cheios de orgulho! Não deveríeis, antes, estar enlutados, para que o que praticou tal ação seja excluído do vosso meio?  

3. Pois eu, ausente no corpo mas presente em espírito, já julguei, como se estivesse presente, aquele que assim procedeu.  

4. Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, estando vós reunidos em assembleia e eu presente em espírito, com o poder de nosso Senhor Jesus,  

5. seja esse homem entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor.  

6. Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa?  

7. Purificai-vos do fermento velho, para que sejais uma massa nova, assim como sois pães ázimos; pois Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado.  

8. Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da malícia e da perversidade, mas com os ázimos da pureza e da verdade.


Reflexão


Nesta passagem, Paulo nos adverte sobre os perigos da imoralidade e do orgulho, que podem corromper a comunidade cristã, assim como um pouco de fermento pode levedar toda a massa. Inspirados pela visão da evolução espiritual, somos chamados a abandonar o "fermento velho" — aquilo que representa o egoísmo, a malícia e o apego às paixões inferiores — para que possamos nos transformar em uma nova criação. Essa renovação nos alinha com o "Cordeiro Pascal", Cristo, que nos convida a participar da Páscoa eterna, onde a maldade cede lugar à pureza e à verdade, impulsionando a humanidade para uma comunhão mais profunda com Deus e o cosmos.

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quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Primeira Leitura: Isaías 35:4-7 - 08.09.2024




Isaías 35:4-7


1. Dizei aos de coração angustiado: Sede fortes, não temais; eis o vosso Deus. A vingança vem, a retribuição de Deus; ele mesmo vem para vos salvar.

2. Então se abrirão os olhos dos cegos e se desatarão os ouvidos dos surdos.

3. Então o coxo saltará como um cervo e a língua dos mudos cantará de júbilo; porque águas brotarão no deserto e ribeiros, na solidão.

4. A terra ressequida se tornará em lago e a terra sedenta em mananciais de água; em morada de chacais, em seu abrigo, haverá caniços e juncos.


Reflexão


A promessa de Isaías nesta passagem é um vislumbre de transformação profunda e regeneração. O deserto, símbolo de aridez e ausência de vida, será transformado em um lugar fértil e vibrante, refletindo um processo de renovação universal e espiritual. O convite à coragem e à força, dirigido aos de coração angustiado, é um chamado à confiança na redenção que está por vir. Este texto revela uma visão onde a realidade limitada e fragmentada é superada pela plenitude de vida e pela plenitude da criação.

A transformação descrita – dos cegos que vêem, dos surdos que ouvem, dos coxos que saltam e dos mudos que cantam – é uma metáfora para a evolução espiritual e a realização do potencial humano. Esta visão não se limita a uma mudança física, mas aponta para uma mudança ontológica: uma integração maior com a totalidade da criação, onde a aridez da existência humana é substituída pela plenitude e abundância da vida divina.

Assim como as águas que brotam no deserto e os ribeiros na solidão simbolizam a restauração, também a transformação interior da humanidade reflete uma unificação com a totalidade cósmica. Há uma visão de progresso espiritual e universal onde a manifestação da plenitude divina supera a fragmentação e a limitação humanas. Essa transformação promete não só um futuro melhor, mas uma realização progressiva da presença divina em todas as dimensões da existência. É uma visão de esperança e renovação que ressoa profundamente na busca por um sentido mais amplo e transcendental da vida.

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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Primeira Leitura: 1 Coríntios 4:6-15 - 07.09.2024




6. Irmãos, apliquei estas coisas a mim e a Apolo, por causa de vós, para que aprendais a não ir além do que está escrito e ninguém se ensoberbeça a favor de um contra outro.  

7. Pois quem te distingue? Que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias como se não o tivesses recebido?  

8. Já estais saciados! Já vos enriquecestes! Sem nós, começastes a reinar! Oxalá estivésseis reinando para que também nós reinássemos convosco!  

9. Julgo, com efeito, que Deus nos expôs a nós, os apóstolos, por últimos, como que condenados à morte, pois nos tornamos espetáculo para o mundo, para os anjos e para os homens.  

10. Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós sois prudentes em Cristo; nós somos fracos, mas vós sois fortes; vós sois honrados, mas nós, desprezados.  

11. Até esta hora, padecemos fome, sede, nudez; somos esbofeteados e não temos morada certa;  

12. fatigamo-nos trabalhando com nossas próprias mãos. Injuriados, abençoamos; perseguidos, suportamos;  

13. caluniados, consolamos. Até agora, chegamos a ser considerados como o lixo do mundo, o escória de todos.  

14. Não vos escrevo estas coisas para vos envergonhar, mas para vos admoestar, como a meus filhos queridos.  

15. Mesmo que tivésseis milhares de mestres em Cristo, não teríeis muitos pais, pois eu vos gerei em Cristo Jesus pelo Evangelho.


Reflexão:


A leitura de hoje nos leva a refletir sobre a humildade diante dos dons que recebemos de Deus. Tudo o que possuímos é graça concedida por Ele. Somos chamados a uma autêntica humildade, reconhecendo que nada do que temos foi alcançado por mérito próprio, mas recebido do Pai. Ao mesmo tempo, somos lembrados da fragilidade e dos desafios da vida apostólica. Na entrega ao Evangelho, encontramos tanto o sacrifício quanto a redenção. Nossa missão não é reinar no mundo de maneira soberba, mas caminhar com simplicidade e verdade, como "loucos por Cristo". Assim, participamos do mistério da salvação, unindo-nos a Ele no amor e no serviço.

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