domingo, 16 de novembro de 2025

Primeira Leitura: 1 Macabeus 1:10-15.41-43.54-57.62-64 - 17.11.2025

 


Prima Lectio: I Maccabæorum 1,10-15.41-43.54-57.62-64 (Secundum Vul­gatam)

10 Or­ta est in diebus illiis radix in­iqua,
Naqueles dias brotou uma raiz iníqua,
Antiochus Epiphanes, filius regis Antiochi.
Antíoco Epífanes, filho do rei Antíoco.
Erat in Roma captivus, et ascendit in thronum anno centum triginta et septimo graecorum.
Estava em Roma como refém e subiu ao trono no ano 137 da era grega.

11 In diebus illis apparuerunt in Israël homines impii,
Naqueles dias apareceram em Israel pessoas ímpias,
et seduxerunt multos, dicentes:
que seduziram a muitos, dizendo:
“Faciamus testimonium cum gentibus proximis: nam cum ab illis separati fuimus, multa mala nobis acciderunt.”
“Vamos fazer aliança com as nações vizinhas: pois, desde que nos isolamos delas, muitas desgraças nos têm atingido.”

12 Et hec locutio delectavit in oculis populi;
E estas palavras agradaram ao povo;
13 et quidam de populo exsultaverunt, et processerunt ad regem;
e alguns do povo se entusiasmaram e foram ao rei;
qui licenter eos dimisit, ut agerent secundum morem gentium.
e o rei lhes permitiu agir conforme os costumes pagãos.

14 Erigerunt in Jerusalem gymnasium iuxta modum gentium.
Erigiram em Jerusalém um ginásio, segundo o estilo dos gentios.
15 Aboleverunt circumcisionem, et renuntiarunt foederi sancto.
Aboliram a circuncisão e renunciaram à aliança sagrada.
Societatem cum gentibus fecerunt, et se vendiderunt ad operandum malum.
Fizeram aliança com os pagãos e se venderam para fazer o mal.

41 Tunc rex sedit in Sedet sui regni et edixit decreto per regnum,
Então o rei decretou por todo o seu reino,
ut omnes populi facerent unus populus, et quoque quotquot habebant singulares mores, abinerent.
que todos fizessem um só povo e renunciassem os seus costumes particulares.

42 Ad ceperunt omnes gentiles edicto regis;
Todos os pagãos obedeceram ao decreto do rei;
43 et multi ex Israël subierunt religionem eorum,
e muitos de Israel adotaram sua religião,
sacrificabant idolis et profanabant sabbatum.
sacrificavam aos ídolos e profanavam o sábado.

54 Quinto decimo die mensis Casleu, anno centum quadragesimo quinto,
No dia quinze do mês de Casleu, no ano 145,
fecit Antiochus super altare immolationum abominationem desolationis;
Antíoco edificou sobre o altar dos sacrifícios a abominação da desolação;
et in civitates circumjacentes Iudae condiderunt altares.
e nas cidades vizinhas de Judá construíram altares.

55 Et incensum et holocausta offerbant præ portis domorum et in plateis.
E queimavam incenso junto às portas das casas e nas ruas.
56 Volumina Legis, quae inveniuntur capitibus eorum, proiciunt in igne post quam conscindunt.
Os livros da Lei que lhes caíam nas mãos eram lançados ao fogo, depois de rasgados.
57 Per edictum regis mortem pati debuit quislibet in cuia domo inveniebatur volumen testamenti,
Por decreto real, era condenado à morte todo aquele em cuja casa se encontrasse um livro da Aliança,
et quisquis Legem observabat, mortem pati debuit.
assim como qualquer pessoa que continuasse a observar a Lei.

62 Tamen multi de populo Israël duravit cor et statuerunt non manducare cibos pollutos.
Mas muitos do povo de Israel resistiram e firmemente decidiram não comer alimentos impuros.
63 Preferendo mortalitatem quam contaminari se ex illis escis;
Preferiram a morte a se contaminar com aqueles alimentos;
et ne vel violaretur foedus sanctum, hi trucidati sunt.
e, para não violar a aliança sagrada, foram trucidados.

64 Iracundia inaudita circuit in Israël.
Uma cólera terrível se abateu sobre Israel.

Reflexão:
Neste trecho, percebemos como a raiz da injustiça germina quando a autonomia cultural e espiritual é sacrificada à uniformidade imposta. A anulação dos costumes sagrados representa a negação da identidade mais profunda do povo, assim como a verdade interior de cada pessoa. A resistência dos que se recusam a trair sua aliança revela uma liberdade que transcende o medo da morte — uma liberdade ancorada no valor mais alto. Optar pela fidelidade, mesmo sob ameaça, é afirmar a dignidade que não se vende. A perpensão firme desses israelitas mostra que a verdadeira comunidade se sustenta sobre convicções livres e não sobre imposições externas. E a ira que se levanta diante da opressão é sintoma de uma alma coletiva ferida, que recusa ceder à dissolução de seu sentido mais autêntico.

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sábado, 15 de novembro de 2025

Primeira Leitura: Malaquias 3:19-20 - 16.11.2025


 Lectio Prima: Malachias 3,19-20

(Titulus liturgicus: Dies Domini in igne revelationis)

19 Ecce enim dies veniet succensus quasi clibanus: et erunt omnes superbi et omnes facientes impietatem stipula: et inflammabit eos dies veniens, dicit Dominus exercituum, quae non derelinquet eis radicem et ramum.
19 Eis que o dia vem, ardente como uma fornalha; e todos os soberbos e todos os que praticam a injustiça serão como palha; o dia que vem os consumirá — diz o Senhor dos Exércitos — sem lhes deixar raiz nem ramo.

20 Et orietur vobis timentibus nomen meum sol iustitiae, et sanitas in pennis eius: et egrediemini et salietis sicut vituli de armento.
20 Mas para vós que temeis o meu nome, nascerá o Sol da Justiça, trazendo cura em suas asas; saireis livres e saltareis como bezerros soltos no campo.

Reflexão:
O profeta anuncia que o dia do Senhor revela o que permanece e o que se desfaz. Aquele que vive preso ao orgulho se consome no próprio vazio, pois nada em si encontra fundamento duradouro. Já o que se abre à luz divina experimenta um nascer interior que cura e liberta. A liberdade surge como resposta consciente ao chamado do Alto, permitindo que a pessoa se torne plenamente responsável por si mesma. A verdadeira elevação não vem da força exterior, mas da clareza íntima que orienta cada passo. Assim, o ser humano aprende a caminhar com dignidade, sustentado pela luz que não passa.

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sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Primeira Leitura: Sabedoria 18:14-16; 19:6-9 - 15.11.2025

 


Prima Lectio — Sapientia 18,14-16; 19,6-9

18,14
Cum enim quietum silentium contineret omnia, et nox in suo cursu medium iter haberet,
E quando um suave silêncio envolvia todas as coisas, e a noite, em seu curso, já tinha passado a metade do caminho,

18,15
omnipotens sermo tuus de cælo, a regalibus sedibus, durus debellator in mediam exterminii terram prosilivit,
Tua palavra onipotente saltou do céu, das sedes régias, como um severo guerreiro, para o meio da terra do extermínio,

18,16
gladius acūtus insimulatum imperium tuum portans: et stans, replevit omnia morte, et usque ad cælum attingebat stans in terra.
e empunhando espada aguçada, levando teu comando autêntico; estando de pé, encheu todas as coisas de morte, e, permanecendo sobre a terra, tocava até o céu.

19,6
Omnis enim creatura ad suum genus ab initio refigurabatur deserviens tuis praeceptis ut pueri tui custodirentur inlaesi.
Porque toda criatura, segundo a sua espécie, desde o princípio foi formada de novo, servindo aos teus preceitos, para que teus filhos fossem guardados ilesos.

19,7
Nam nubes castra eorum obumbrabat, et ex aqua quae ante erat, terra arida apparuit; et in mari Rubro via sine impedimento, et campus germinans de profundo nimio;
Porque uma nuvem cobriu seu acampamento; da água que antes os cobria apareceu terra seca; e no Mar Vermelho um caminho sem obstáculo, e um campo que brotava do abismo profundo;

19,8
Per quem omnis natio transivit quae tegebatur tua manu, videntes tua miracula et monstra.
Pelo qual toda nação que estava sob tua mão passou, vendo os teus prodígios e maravilhas.

19,9
Tamquam enim equi depaverunt escam, et tamquam agni exsultaverunt, magnificantes te, Domine, qui liberasti illos.
Porque, como cavalos, devoraram o pasto, e como cordeiros saltaram de alegria, magníficos a ti, Senhor, que os libertaste.

Reflexão:
A intervenção que irrompe no silêncio noturno revela que o invisível rege a ordem visível, oferecendo-nos um paradigma de coragem moral.
A palavra que “salta” do alto é princípio que, ao disciplinar a existência, comprova que a liberdade humana amadurece na fidelidade ao dever.
O caminho aberto no mar e o campo que brota do abismo mostram que a providência transforma obstáculos em espaço para o florescimento da vida familiar e comunitária.
A renovação das criaturas segundo sua espécie indica que a dignidade humana pressupõe responsabilidade, cada um cumpre um papel que sustenta o todo.
A proteção dada aos filhos ilustra como a estabilidade da família depende da força interior e de hábitos virtuosos sustentados no tempo.
Liberdade verdadeira não é licenciosidade; é autonomia fortalecida pela disciplina, pela atenção ao dever e pelo respeito mútuo.
O reconhecimento dos prodígios convida à ação: a gratidão madura em esforços concretos para proteger o fraco e cultivar a justiça.
Que a leitura torne-se prática: escolher a coerência, formar caráter e edificar lares que refletem a ordem superior que liberta.

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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Primeira Leitura: Sabedoria 13:1-9 - 14.11.2025


 Lectio prima libri Sapientiae (13,1-9)

  1. Vani sunt autem omnes homines, in quibus non subest scientia Dei, et de his, quae videntur bona, non potuerunt intelligere eum, qui est, neque operibus attendentes agnoverunt quis esset artifex.
    São vãos todos os homens que ignoram a Deus, e, contemplando as coisas boas que existem, não souberam reconhecer Aquele que é, nem, observando as obras, compreenderam quem é o seu Artífice.

  2. Sed aut ignem, aut spiritum, aut citatum aerem, aut gyrum stellarum, aut nimiam aquarum multitudinem, aut solem et lunam rectores orbis terrarum deos putaverunt.
    Mas consideraram deuses o fogo, o vento, o ar veloz, o giro das estrelas, a imensidão das águas, o sol e a lua, governadores do mundo.

  3. Quorum si specie delectati, deos putaverunt, sciant quanto dominator eorum speciosior est; speciei enim generator haec omnia constituit.
    Se, encantados com a beleza dessas coisas, as tomaram por deuses, saibam quanto mais belo é o Senhor delas, pois foi o Autor da beleza quem as criou.

  4. Aut si virtutem et opera eorum mirati sunt, intelligant ab illis, quoniam, qui haec fecit, fortior est illis.
    Se ficaram maravilhados com o poder e a força desses elementos, compreendam que Aquele que os fez é mais poderoso do que eles.

  5. A magnitudine enim speciei et creaturae cognoscibiliter poterit creator horum videri.
    Pois pela grandeza e pela beleza das criaturas, pode-se contemplar, de modo inteligível, o seu Criador.

  6. Ab his autem pauci correpti, magno tamen labore erraverunt, Deum quaerentes et volentes invenire.
    Mas alguns, embora enganados, esforçaram-se para encontrar a Deus, procurando-o com empenho.

  7. Quoniam in operibus illius inquirunt, et persuasi sunt quoniam bona sunt quae videntur.
    Porque, investigando as obras de Deus, deixaram-se persuadir pela beleza daquilo que viam.

  8. Iterum autem nec his debet ignosci.
    Contudo, nem mesmo esses são desculpáveis.

  9. Si enim tantum potuerunt scire, ut possent aestimare saeculum, quomodo huius dominum non facilius invenerunt?
    Pois, se foram capazes de conhecer tanto, a ponto de compreender o mundo, como não descobriram mais facilmente o Senhor de todas as coisas?

Reflexão:
A sabedoria começa quando o olhar humano se eleva do efeito à causa, do visível ao invisível. O erro do homem não está em admirar a criação, mas em deter-se nela. As coisas belas convidam à contemplação do seu Princípio, e não à adoração das formas. A liberdade interior nasce desse discernimento: reconhecer o valor do mundo sem perder-se nele. A dignidade humana floresce quando o intelecto se harmoniza com o espírito e busca a verdade sem se curvar ao efêmero. Assim, a criação deixa de ser um espelho de vaidade e torna-se uma via de retorno ao Criador.

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terça-feira, 11 de novembro de 2025

Primeira Leitura: Sabedoria 7:22-8:1 - 13.11.2025

 


Lectio I – De Libro Sapientiae 7,22–8,1

  1. Est enim in illa spiritus intelligentiae sanctus, unicus, multiplex, subtilis, mobilis, disertus, incoinquinatus, certus, suavis, amans bonum, acutus,
    Pois nela há um espírito inteligente, santo, único, múltiplo, sutil, móvel, eloquente, puro, firme, suave, amante do bem e penetrante,

  2. quem nihil vetat benefacere, humanus, benignus, stabilis, certus, securus, omnem habens virtutem, omnia prospiciens et pervadens omnes spiritus intelligibiles, mundos, subtiles.
    que nada impede de fazer o bem, humano, benevolente, constante, seguro, dotado de todo poder, que tudo vê e penetra todos os espíritos inteligentes, puros e sutis.

  3. Omnium enim mobilium mobilior est sapientia; attingit enim ubique propter suam munditiam.
    A sabedoria é mais móvel que qualquer movimento; ela tudo alcança por causa da sua pureza.

  4. Vapor est enim virtutis Dei, et emanatio quaedam est claritatis omnipotentis Dei sincera; et ideo nihil inquinatum in eam incurrit.
    Ela é o sopro do poder de Deus, pura emanação da glória do Todo-Poderoso; por isso, nada de impuro nela penetra.

  5. Candor est enim lucis aeternae, et speculum sine macula Dei maiestatis, et imago bonitatis illius.
    É o reflexo da luz eterna, o espelho sem mancha da majestade de Deus e a imagem da Sua bondade.

  6. Et cum sit una, omnia potest; et in se permanens, omnia innovat, et per nationes in animas sanctas se transfert, amicos Dei et prophetas constituit.
    Sendo una, tudo pode; permanecendo em si mesma, renova todas as coisas e, passando às almas santas de cada geração, faz delas amigas de Deus e profetas.

  7. Nihil enim diligit Deus, nisi eum qui cum sapientia inhabitat.
    Deus nada ama senão aquele que vive em comunhão com a sabedoria.

  8. Est enim haec speciosior sole, et super omnem stellarum dispositionem; luci comparata, invenitur prior.
    Ela é mais bela que o sol e supera toda disposição das estrelas; comparada à luz, é achada mais antiga.

  9. Illi enim succedit nox; sapientiam autem non vincit malitia.
    À luz sucede a noite, mas a sabedoria não é vencida pelo mal.

8,1. Attingit autem a fine usque ad finem fortiter, et disponit omnia suaviter.
Ela se estende de uma extremidade à outra com força, e governa todas as coisas com suavidade.

Reflexão:

A sabedoria é a respiração divina que sustenta o universo e habita o coração humano como centelha ordenadora. Nela, força e doçura coexistem: a firmeza da verdade e a suavidade do amor. Quem a busca não domina, harmoniza; quem a acolhe não se exalta, compreende. A sabedoria revela que o poder não consiste em impor, mas em servir à ordem justa das coisas. Ela renova o mundo a partir do interior de cada alma, ensinando que a verdadeira grandeza está na serenidade do discernimento. Assim, o homem se torna colaborador da luz eterna, onde liberdade e responsabilidade se encontram na unidade do bem.

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Primeira Leitura: Sabedoria 6:1-11 - 12.11.2025

 


Lectio I – De Libro Sapientiae 6,1–11

  1. Audite, reges, et intelligite; discite, iudices finium terrae.
    Ouvi, ó reis, e compreendei; aprendei, juízes dos confins da terra.

  2. Praebete aures, qui continetis multitudines, et placetis vobis in turbis nationum.
    Dai ouvidos, vós que governais as multidões e vos gloriais no domínio dos povos.

  3. Quoniam data est a Domino potestas vobis, et virtus ab Altissimo, qui interrogabit opera vestra, et cogitationes scrutabitur.
    Porque o poder vos foi dado pelo Senhor, e a autoridade pelo Altíssimo, que examinará as vossas obras e sondará os vossos pensamentos.

  4. Quoniam cum essetis ministri regni illius, non recte iudicastis, neque custodistis legem iustitiae, neque secundum voluntatem Dei ambulastis.
    Pois, sendo ministros do Seu reino, não julgastes retamente, nem guardastes a lei da justiça, nem andastes segundo a vontade de Deus.

  5. Horrende et cito apparebit vobis, quoniam iudicium durissimum his, qui praesunt, fiet.
    Tremendo e súbito virá sobre vós, porque o juízo será severíssimo para os que governam.

  6. Exiguo enim conceditur misericordia, potentes autem potenter tormenta patientur.
    Ao pequeno se concede misericórdia, mas os poderosos serão julgados com rigor.

  7. Non enim subtrahet personam cuiusquam Dominus, nec verebitur magnitudinem cuiusquam, quoniam pusillum et magnum ipse fecit, et aequaliter cura est illi de omnibus.
    O Senhor não faz acepção de pessoas, nem teme a grandeza de ninguém, pois Ele criou tanto o pequeno quanto o grande e cuida igualmente de todos.

  8. Potentibus autem potentior instat cruciatio.
    Mas sobre os poderosos pesa um julgamento mais severo.

  9. Ad vos ergo, reges, sunt sermones mei, ut discatis sapientiam, et non excidatis.
    A vós, pois, ó reis, se dirigem estas palavras, para que aprendais a sabedoria e não venhais a cair.

  10. Qui enim custodierint iusta iuste, iustificabuntur; et qui didicerint illa, invenient quid respondeant.
    Os que praticarem a justiça com retidão serão justificados; e os que buscarem o conhecimento acharão o que responder.

  11. Concupiscite ergo sermones meos, diligite illos, et habebitis disciplinam.
    Desejai, pois, as minhas palavras, amai-as, e alcançareis a verdadeira sabedoria.

Reflexão:

O poder é dom e prova. Toda autoridade humana é chamada a espelhar a ordem superior da verdade. Quando o homem governa sem consciência, corrompe o vínculo sagrado entre justiça e serviço. O verdadeiro governo começa pelo autodomínio: quem não reina sobre si não pode guiar outros com retidão. A liberdade encontra sua plenitude quando reconhece a origem transcendente do próprio poder. A sabedoria, então, não é ornamento, mas exigência interior — é a força que impede o domínio de tornar-se tirania. Somente o coração disciplinado pela verdade permanece firme entre o rigor e a misericórdia, e encontra paz na fidelidade ao que é justo.

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segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Primeira Leitura: Sabedoria 2:23-3:9 - 11.11.2025


Lectio Prima — Sapientiae 2,23–3,9

Justorum immortalitas

2,23. Quoniam Deus creavit hominem inexterminabilem, et ad imaginem similitudinis suae fecit illum.
Porque Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem da sua própria natureza.

2,24. Invidia autem diaboli mors introivit in orbem terrarum: imitantur autem illum qui sunt ex parte illius.
Mas pela inveja do diabo entrou a morte no mundo, e experimentam-na os que lhe pertencem.

3,1. Justorum autem animae in manu Dei sunt, et non tanget illos tormentum mortis.
As almas dos justos estão nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá.

3,2. Visi sunt oculis insipientium mori, et aestimata est afflictio exitus illorum.
Aos olhos dos insensatos pareceram morrer, e sua partida foi tida por desgraça.

3,3. Et quod a nobis est iter exterminii, illi autem sunt in pace.
E o que nos parecia destruição, para eles é paz.

3,4. Etenim si coram hominibus tormenta passi sunt, spes illorum immortalitate plena est.
Mesmo que tenham sofrido aos olhos dos homens, sua esperança está cheia de imortalidade.

3,5. Et in paucis vexati, in multis bene disponentur, quoniam Deus tentavit eos et invenit illos dignos se.
Tendo sido provados em pouco tempo, receberão grandes recompensas, pois Deus os experimentou e os achou dignos de Si.

3,6. Tamquam aurum in fornace probavit illos, et quasi holocausti hostiam accepit illos.
Como ouro no forno, Ele os provou, e como oferta de holocausto os recebeu.

3,7. Et in tempore visitationis illorum fulgebunt, et tamquam scintillae in arundineto discurrent.
No tempo de sua recompensa brilharão, e correrão como faíscas entre a palha.

3,8. Judicabunt nationes, et dominabuntur populis, et regnabit Dominus illorum in perpetuum.
Julgarão as nações, dominarão os povos, e o Senhor será o seu Rei para sempre.

3,9. Qui confidunt in illo intelligent veritatem, et fideles in dilectione acquiescent ei: quoniam donum et pax electis eius est.
Os que confiam n’Ele compreenderão a verdade, e os que são fiéis no amor permanecerão junto d’Ele, pois graça e paz são a herança de Seus eleitos.

Reflexão:
A passagem revela a grandeza silenciosa da alma que vive em comunhão com a ordem divina. O homem, criado para a imortalidade, encontra sua plenitude quando reconhece que a vida é um dom e não uma posse. A morte não o vence, pois sua essência pertence ao Eterno. O justo suporta a prova sem revolta, sabendo que cada sofrimento purifica o espírito e o torna mais próximo da luz. A esperança nele é ato de consciência, não de ilusão. Assim, aquele que serve à Verdade torna-se participante da eternidade, sustentado pela paz interior que nasce da fidelidade ao Bem.

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