Epistola ad Romanos 6,19-23
(Feria VI – Hebdomada XXIX per Annum)
19. Humanum dico propter infirmitatem carnis vestrae: sicut enim exhibuistis membra vestra servire immunditiae et iniquitati ad iniquitatem, ita nunc exhibete membra vestra servire iustitiae in sanctificationem.
Falo em termos humanos por causa da fraqueza da vossa carne; pois, assim como oferecestes os vossos membros à impureza e à iniquidade para a iniquidade, assim agora oferecei-os à justiça para a santificação.
20. Cum enim servi essetis peccati, liberi fuistis iustitiae.
Quando éreis escravos do pecado, estáveis livres da justiça.
21. Quem ergo fructum habuistis tunc, in quibus nunc erubescitis? nam finis illorum mors est.
Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.
22. Nunc vero liberati a peccato, servi autem facti Deo, habetis fructum vestrum in sanctificationem, finem vero vitam aeternam.
Agora, porém, libertos do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto na santificação e, por fim, a vida eterna.
23. Stipendia enim peccati mors est; gratia autem Dei, vita aeterna in Christo Iesu Domino nostro.
Com efeito, o salário do pecado é a morte; mas o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Verbum Domini
Reflexão:
A palavra revela que a liberdade não consiste em fazer o que se quer, mas em escolher o que conduz à plenitude. A alma que se entrega ao erro torna-se serva daquilo que a aprisiona, enquanto aquela que busca a retidão reencontra sua dignidade. Servir à justiça é elevar o ser acima das paixões que o dispersam e aproximar-se da ordem divina que sustenta o universo. O fim do pecado é a dissolução; o fruto da verdade é a vida. Quem compreende essa lei interior percebe que a verdadeira libertação é interior: nasce da consciência desperta e culmina na comunhão com o Eterno.
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