quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Primeira Leitura: Hebreus 4:1-5.11 - 17.01.2025

 


Primeira Leitura: Hebreus 4:1-5.11 (Vulgata)

1. Timeamus ergo ne forte, relicta pollicitatione introëundi in requiem ejus, existimetur aliquis ex vobis deesse.
1. Temamos, pois, que alguém de vós seja encontrado em falta, enquanto permanece a promessa de entrar em seu descanso.

2. Etenim et nobis nuntiatum est, quemadmodum et illis; sed non profuit illis sermo auditus, non admixtus fidei ex his, quæ audierunt.
2. Pois também a nós foi anunciada a boa nova, assim como a eles; mas a palavra ouvida não lhes aproveitou, porque não estava unida à fé naqueles que a ouviram.

3. Ingrediemur enim in requiem, qui credidimus, quemadmodum dixit: Sicut juravi in ira mea: Si introibunt in requiem meam; et quidem operibus ab institutione mundi perfectis.
3. Pois nós, que cremos, entraremos no descanso, como Ele disse: Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso; ainda que Suas obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo.

4. Dixit enim quodam loco de die septima sic: Et requievit Deus die septima ab omnibus operibus suis.
4. Porque em algum lugar Ele falou sobre o sétimo dia, dizendo: E Deus descansou no sétimo dia de todas as Suas obras.

5. Et in isto rursum: Si introibunt in requiem meam.
5. E novamente neste lugar: Não entrarão no meu descanso.

11. Festinemus ergo ingredi in illam requiem, ut ne in idipsum quis incidat incredulitatis exemplum.
11. Esforcemo-nos, pois, para entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia no mesmo exemplo de incredulidade.


Reflexão

A leitura nos convida a compreender o "descanso" como uma dimensão mais profunda da existência, onde a alma encontra seu ponto de plenitude no cumprimento da vontade divina. Esse descanso não é mera cessação de esforços, mas a realização de um estado onde o ser humano participa plenamente da comunhão com Deus.

No entanto, esse descanso exige esforço e fé. Somos chamados a superar a tentação da incredulidade, que nos paralisa em um estado de alienação da nossa verdadeira essência. As obras de Deus, concluídas desde a criação, apontam para um universo em direção à sua consumação plena, onde tudo converge na unidade do plano divino.

Entrar nesse descanso significa alinhar nossa vida à dinâmica divina que nos conduz da dispersão à unidade, do caos à harmonia. É um convite a reconhecer que nossa realização pessoal só ocorre na medida em que nos unimos ao propósito último para o qual fomos criados: sermos instrumentos da glória divina em toda a criação.

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